IV FELIT - Produção Literária de Dourados mostra sua excelência

Talvez poucos sabem que o município de Dourados (MS) é o local é um polo literário e com inúmeros lançamentos de livros todos os meses do ano. Na IV FELIT - Feira de Literatura de Mato Grosso do Sul que está acontecendo na Câmara Municipal, anexo ao Shopping Avenida Center. Para se ter uma ideia, na segunda noite do evento que ocorreu ontem (quinta-feira), nada menos do que cinco (5) livros foram lançados ao mesmo tempo.

"Usina", de Antonio Carlos Ruiz, "Descortinando os Pantanais", de Ilsyane do Rocio Kmitta; "Diário de uma Idosa", de Joana Prado Medeiros; "A Galáxia da Tipografia", de Carlos Magno Amarilha" e "Lugar de Poesia", de Paulo Portuga foram apresentados ontem ao público com direito a uma sessão de autógrafos. Trabalhos literários de excelente nível e com temas interessantes. Todos puderam conversar e saber mais na luta diária que é um escritor para colocar em prática (no papel) seus pensamentos.

LUGAR DE POESIA - de Paulo Portuga. De acordo com o presidente da Academia Douradense de Letras (ADL), Marcos Coelho, o livro do poeta é o mesmo que sentir por meios das palavras cantadas, que a vida vale a pena, a natureza, os rios, as praias, os bichos, os peixes, os pássaros, viajam em universo da poesia. "O sol surge novamente no horizonte, a vida se reorganiza de novo, o poeta se põe a compor no tão seu “Lugar de Poesia”. É assim que nosso poeta de Dourados, Paulo Portuga, esse artista multifacetado, se propõe de novo a compor, inspirando-se no seu magistério e no seu jeito todo peculiar de ser, no seu tão particular e mágico mundo de músico, artista, poeta, ator e escritor. Que inesperada e surpreendente participação, nesse seu novo livro, como prefaciante. Paulo Sérgio da Silva Caiano, nosso carinho e gratidão. É lindo ver nascer uma obra em Belas Letras a contribuir com nosso belo e promissor cenário artístico douradense" .

A GALÁXIA DA TIPOGRAFIA - de Carlos Magno Amarilha - O livro está recheado de poemas com palavras faladas, ouvidas, sentidas, sonhadas. A cada página, uma história, uma ideia, um acontecimento, uma vida, da nossa essência íntima, expressadas com uma musicalidade, lúdica e bela, em palavras doces e carinhosas. O poeta se apoia no abstrato e no concreto, promove um retorno à vida, às percepções e emoções das pessoas, em que demostra a cidade em um contorno diferente e o ponto chave de sua literatura é que não há limites para aquilo que a poesia pode falar, traduzir, exprimir, manifestar, gritar, sentir, chorar e sorrir. É exatamente em cada um de seus poemas, as histórias individuais, acompanhadas de estética original, que faz da sua literatura algo interessante e insubstituível. O poeta abraça, agradece a vida, faz compra pão na padaria, se apaixona, entrega presente presencialmente, planta carinho, colhe beijos, se comunica psicologicamente com Freud, permanece congelado pelo ‘olhar delinquente da garota’, luta pela vida social digna, principalmente contra às máquinas (IA) que escrevem e publicam livros literários, feitos por robôs.

DIÁRIO DE UMA IDOSA - de Joana Prado Medeiros. Segunda a autora, esta obra nasce, de coisas de sua infância, adolescência, adulta, mãe e vó. Assim define sua escrita e inspiração: "Fui cercada de erva-mate e café quando morei na fazenda. Idosa, na verdade, passou a ser uma palavra pesada e até pejorativa no nosso país. Escolho a palavra "idosa" pois é uma palavra que cansa e que as pessoas querem evitar. Existe um estigma e eu quero justamente desmistificar, ressignificar”. É preciso pontuar e fazer valer os feitos e a importância desta etapa da vida. Urgente lutar contra o etarismo". A autora escreve contos, crônicas e poesias em jornais e revistas e rede social. Contribui semanalmente no blog do Alex Fraga com crônicas – Diário de uma idosa. Possui publicação de contos na Revista Arandu, e Artigos científicos na Revista Incomunidade – Portugal. Possui Memorial publicado no site Museu da Pessoa. Livro publicado – Org. Memórias e Poesias da Terceira Idade.

USINA, de Antônio Carlos Ruiz - Um livro de poemas que cantam a vida em forma de poesia, com rimas, musicalização compostas com métricas da beleza e do amor pela sua cidade natal. 'Usina', em homenagem à luz que ilumina os versos dourados em cada amanhecer. Ele nasceu em Dourados e é radialista, jornalista, narrador de futebol, apresentador de TV e Mestre de cerimônia na Câmara de Dourados. Também é membro da Academia Douradense de Letras e Membro Poético de Dourados, idealizado pelo poeta e escritor Rogério Fernandes Lemes.

DESCORTINANDO OS PANTANAIS, de Ilsyane do Rocio Kmitta - O livro é uma contribuição significativa para a literatura socioambiental sobre um tesouro natural e global: O Pantanal. A autora é historiadora, pesquisadora e professora universitária. Possui graduação em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (2007), graduação em Administração pelo Centro Universitário da Grande Dourados (1996), Mestrado em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (2010) e Doutorado em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (2016). Pós Doc pelo Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul-UEMS(2024). Integra a Academia de Letras do Brasil-Seccional Dourados, MS como Membro Fundador sendo titular da cadeira n.8, cuja Patronesse é Helena Meireles.