top of page

Reflexão - Diário de uma Idosa - Da Série Desabafos 01, por Joana Prado Medeiros

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • há 24 horas
  • 2 min de leitura

Quarta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de texto de reflexão com a professora universitária, historiadora, poeta e escritora de Dourados (MS), Joana Prado Medeiros, com seu Diário de uma Idosa - Da Série Desabafos 01.


ESCREVO PUTA DA CARA...


A Coragem é um preço muito alto que se paga. A coragem de ser o que se é tem um custo que se perpétua por toda nossa existência. Mesmo quando na época da idosidade nos sentimos mais vulneráveis e já não fazemos mais valer "o qualquer que somos" O caldo fica e ninguém esquece que um dia rompemos com casamentos falidos e fizemos nossos sonhos e desejos valer. Não somos perdoados quando nossas escolhas priorizaram o nosso eu. Somos chamados de egoístas e pagamos um preço inenarrável por isso. Somos filhos de uma sociedade cuja a memória de vida é a narrativa do trabalho e das renúncias, uma sociedade balizada na escassez e na labuta, vitimizados caminhamos. Não conheço ninguém que tenha lutado por seu direito legítimo de lazer, de prazer, de escolhas sexuais e romanescas que não seja rotulado pela família, julgado e condenado em diversas instituições e segmentos sociais. As pessoas que ousaram romper o lacro social da "conformidade" sofrem durante toda sua existência por este ato. Quem ousou quebrar e rompeu um casamento anêmico e bolorento, quem escolheu viver suas opções sexuais, suas festas ainda que tenha dado o sangue para criar sua família ainda assim não são perdoadas. Por exemplo, a mulher que se casou várias vezes e teve filhos de pais diferentes é condenada. É mais condenada do que aquela que sofre as sequelas de uma relação abusiva e neutralizante, daquela que só o seu avental e travesseiro sabe das suas dores e angústias, que culmina em remédios e depressões. Afinal as dores da mulher submissa "entre aspas" não é vista nem celebrada no rol das condenações ainda que tenha um custo social enorme e que tenha contribuição na saúde pública e custos ao estado ao reverberar doenças. Mas, bem lembrando: A saúde pública que não vê e faz ouvidos moucos sobre a saúde psicológica. Afinal, a sagrada família deve ser mantida sob a lágrima sentida e desqualificada da mãe amorosa e anulada. Quem ousa ser diferente É taxada e rotulada e sofre preconceitos não é dado o direito da busca por sua felicidade. Afinal, o que impera é as convenções sociais e aí daquele que ousa não seguir. Sine qua non.


( Joana Prado Medeiros - 12/07/2025 - Direitos Autorais Lei 9.610/98)

 
 
 

2 commentaires

Noté 0 étoile sur 5.
Pas encore de note

Ajouter une note
Invité
há 13 horas
Noté 5 étoiles sur 5.

❤️❤️❤️❤️❤️👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾💪🏾💪🏾💪🏾💪🏾

J'aime

Invité
há 21 horas
Noté 5 étoiles sur 5.

Muiito bom!

Solange Ferreira

Jardim MS

J'aime
bottom of page