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Poesia - "Rosto de Rua", por Carlos Magno Amarilha

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 11 de fev. de 2022
  • 1 min de leitura

Sexta-feira no espaço de poesia no Blog do Alex Fraga. Carlos Magno Amarilha de Dourados (MS), historiador, pesquisador e poeta, doutor em Educação, mestre em História e presidente do Grupo Literário Arandu. Seu poema: "Rosto de Rua";


ree

rosto da rua



na rua de casa

para tudo que é bicho

por lá


gatos cachorros pardais

(urbanizados)

e os animais sociais


passa menina moça sorridente

criança de bicicleta a milhão

mamãe com bebê no berço a trilhão


o guarda / o entregador

um homem perdido

procurando número errado


a placa abona o sinal

siga em frente

mão única preferencial


“olha o zoião! baratinho só vendo”

o carro de alto falante ligado


uma rua como outra qualquer

a não ser o poeta que repara

quem passa / quem passa

 
 
 

3 comentários

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Carlos Magno Mieres Amarilha
Carlos Magno Mieres Amarilha
11 de fev. de 2022

O cotidiano de qualquer cidade pode parecer banal, algo como corriqueiro, sem importância, tedioso, monótono, que se pratica a mesmice de sempre. O dia-a-dia nos dá a ideia de algo que se reproduz consecutivamente com a duração do tempo, aparentemente repetitivo, de fatos irrelevantes, de gestos periódicos e da uniformidade de hábitos diários.

Para o poeta o cotidiano da cidade não é apenas lugar do trabalho, almoço-janta e dormitório; mas do encontro, do desencontro, do reencontro; do contato com o outro, dos namoros de esquinas

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Alex Fraga
Alex Fraga
12 de fev. de 2022
Respondendo a

Ele é excelente1

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