Poesia - Deixa, por Sylvia Cesco
- Alex Fraga
- há 10 horas
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Sexta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com a escritora e poeta de Campo Grande (MS), Sylvia Cesco, com "Deixa"
Deixa
Sylvia Cesco
Estes versos são a expressão maior
do meu assombro
diante da tua poesia,
inocente bandoleira
a galopar por searas duvidosas
ora a se ferir com espinhos
ora a se perfumar de rosas.
Com equilíbrio, vai caçando rimas
como se fossem imprescindíveis
presenças na vida de um poeta
mas este necessita tão somente
encantar-se com sua misteriosa sina
deixar-se golpear por ambíguos pássaros
mesmo que se depare frente a frente com os seus fantasmas.
Não te sangres, pois, ferido pelas grades.
Deixa que teus versos se libertem das gaiolas:
(-e voem livres de métricas, de réguas e compassos...)
(-e, inesperados, aconteçam de repente...)
(-e se desequilibrem no labirinto azul da liberdade...)
se aconchegando na essência dos meus braços...
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