Poesia - Brejando, por Athayde Nery

Quinta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o advogado, poeta e escritor Athayde Nery, com Brejando

Brejeando

Ouvi dizer que brejo à meia noite vira rio de poeta.

Coisa de lenda

Mas sempre escorrem pro lado da gente feito poça de rua escondida.

Na beirada se escondem remelexos depois do

amor

Riso de saudade se

acomoda onde a lua descansa

quando ainda é dia

Costume de mentira se assenta onde o frio conversa com a brisa.

Amor incontido

geralmente vem com enchente desavisada. Sempre fica rabo.

Pescador sobe em

estrela Bolsa sai cheia de céu Dá um bom caldo de lua

Aí, é só pular a danada que já entra em calçada direcionada pra sonho.

IN: “Silêncio Escancarado” pág. 60.