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  • Foto do escritorAlex Fraga

Música – Sul-mato-grossense Midnight Purple com EP e aposta em som autoral em inglês


A banda sul-mato-grossense retoma as atividades e promete prestigiar antigos fãs com sucessos dos tempos de Vaticano 69.



O ano é 1998 e o Vaticano 69 está entre bandas nacionais e internacionais na tela da MTV com o clipe de Uma Pra Estrada, de composição do eterno Geraldo Roca. A banda formada dois anos antes emplacou outros sucessos que ainda hoje são tocados nas rádios e lembrados por fãs, como Cavalo de Tróia, Breve Estudo Sobre o Tempo e De Que Você Tem Medo. Anos e formações depois, a dupla de músicos Marcelo Tezeli (vocal e guitarra) e Marcelo Armôa (baixo) formou a Midnight Purple, com músicas próprias e letras em inglês inspiradas em clássicos do rock, principalmente em bandas britânicas.


A Midnight Purple estreou em 2007, dois anos depois do fim do Vaticano 69 e, de cara, compuseram e gravaram 9 músicas que fazem parte do primeiro EP. As canções, entre elas Plastic Man, Gringo e Looking Brighter, também soaram no outro lado do oceano durante a turnê, de 10 dias e 3 shows, realizada em janeiro de 2010 em Londres, na Inglaterra. “Nós que bancamos tudo. Foi uma saga”, relembra Armôa. “Nós tínhamos um manager inglês, o Alan Marks, que morava no Brasil. Ele apresentou nosso trabalho em gravadoras e selos e um produtor se interessou, Thoby Burton, proprietário de um selo londrino independente chamado Rock-til-you-drop, que organizou os shows por lá”, conta Tezeli.


Além de Beatles, Tezeli e Armôa também beberam da fonte de Led Zeppelin, Deep Purple, Rolling Stones, Pink Floyd, Genesis e outras bandas de rock dos anos 60 e 70. Por que em inglês? Tezeli explica. “Acordei um dia com essa ideia: ‘é em Inglês’. Pensei muito, porque não falava Inglês fluentemente. Criei coragem para falar com ele (Armôa) que disse: ‘por que não?’”


Começaram a compor e com o tempo veio a confirmação de que a escolha foi acertada, já que perceberam que a fonética do idioma contribui para o som que eles tocam. “Uma das lições que aprendo até hoje é que a questão fonética, mais que questão da palavra, da gramática e até do sentido, tem que estar casada com a o som dos instrumentos que você toca e com a linha melódica que você cria”, define Tezeli.


Para Armôa, o idioma cai como uma luva para o estilo que tocam. “Pro gênero rock, a língua inglesa nos parece ser a que mais combina e também que mais atinge as pessoas que gostam de rock. Quem gosta de rock ouve as bandas clássicas de rock que cantam em Inglês”, corrobora. “O som que a gente produz soa ‘gringo’. Eles (o público) sabem que não são nativos cantando, mas ouvem e aceitam”, esclarece Armôa sobre o possível sotaque no resultado final. Bandas australianas, canadenses, jamaicanas, norueguesas e mesmo brasileiras têm alcance internacional e é isso que a Midnight Purple também procura.

“We are back”


Depois de um hiato para com o público, mas não entre a dupla que continuou criando, a Midnight Purple está de volta com o EP “Midnight Purple”, que traz 5 músicas inéditas gravadas em Campo Grande entre os anos de 2011 e 2015 com Marcelo Tezeli nos vocais e guitarra e Marcelo Armôa no baixo, tendo como convidados Guilherme Cruz (guitarra solo), Sandro Moreno (bateria) e Alex Cavalheri (teclados). As canções foram produzidas e mixadas no Rio de Janeiro por Paulo Calasans e Marcelo Saboia, da equipe de Djavan.


O EP já está disponível nas principais plataformas digitais de streaming e distribuição, como o Spotify, Deezer, Itunes, Apple Music, Google Music e Youtube Music. A música de trabalho é Bleeding Heart, uma balada ‘à la George Harrison’, profundamente emocional e deliciosa de se ouvir, que prende a atenção do ouvinte até o último acorde. A produção também tem clipe que já conta com mais de mil visualizações no YouTube.


Completam o EP Balmy Skies, um blues-rock empolgante e, ao mesmo tempo, um bálsamo para os corações partidos, cuja introdução é um chord-riff extremamente melódico, com textura única; Gringo, rock inglês de primeira, composta especialmente para a turnê em Londres, com uma explosão de energia ao final, com um solo de bateria vibrante; Johnny Talker, que é uma homenagem ao mestre John Lennon; e Set me Free, um verdadeiro rock de estádio com uma explosão de guitarras que soa como um grito de liberdade.


RESGATE - O contato constante pelos meios eletrônicos é uma das marcas da banda desde o início. “Antes das mídias sociais, chegávamos ao público por e-mail. Utilizávamos também o Reverbnation, onde ficamos por algum tempo entre as 50 bandas de rock mais ouvidas e obtivemos quase 3 mil fãs de países como Macedônia, Austrália, Argentina”, relata Armôa. “E até do Brasil”, brinca Tezeli. A plataforma, lançada em 2006, fornece ferramentas de marketing e gerenciamento para músicos e bandas.


As músicas do último EP da Midnight Purple estão disponíveis em várias plataformas virtuais. O engajamento vai continuar fluindo pelas redes sociais através de sorteios de cartões de download do EP e com o que eles batizaram de Midnight Pocket - lives ou vídeos gravados com apresentações da dupla. Os músicos mantêm os olhos para o público internacional e planejam apresentações em Portugal. “Estamos em contato com um escritório especializado em Lisboa com abrangência em Madri e Londres”, adianta Tezeli.



A banda também tem planos para shows autorais por aqui, sempre com músicos convidados completando a banda. (Ass.Imprensa). O clipe de “Bleeding Heart” você assiste aqui: https://youtu.be/drwi4TaZwBM

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