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  • Foto do escritorAlex Fraga

Crítica – UNA surpreende, impressiona e resgata a qualidade musical!

A escritora Clarice Lispector disse um dia: “Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita”. Ao ouvir o primeiro trabalho autoral da cantora e compositora Erika Espíndola, intitulado UNA que estará à disposição a partir desta segunda-feira (30) nas redes sociais, deu para perceber que a artista mostrou sua alma de artista e com um peso grandioso musicalmente. Diferenciado e principalmente gostoso de ouvir e ouvir cada uma das belas canções, que apesar de serem em inglês, com certeza é de uma lindeza impecável.


Ao todo são oito (8) canções mescladas de ritmos diferenciados e uma grande sonoridade. “Fairy Tale”, “Fantastic People”, “Brand New Song”, “Straight or Gay”, “Mama”. “Guy With a Halo”, “Blue Macaw” e “Make U Cry” formam esse álbum super interessante. A cantora e compositora mostra mais uma vez que é extremamente preocupada com o preenchimento de cada instrumento com sua voz e os vocais amplos de uma suavidade que agrada os ouvidos mais exigentes. UNA é um álbum daqueles que quem ouve sente a vontade de ouvir mais por todo instante.


Erika Espíndola tem uma voz que encanta e nesse álbum mistura o que gosta musicalmente: blues, folk, soul e o rock (mais voltado para o ritmo pop). O diferencial nesse trabalho está justamente na força e encaixe entre sua voz e os sons. A cada nota a pessoa pode sentir uma energia que surpreende. Às vezes rasga sua garganta como na canção “Blue Macaw”, lembrando até mesmo a inesquecível Janis Joplin. Uma canção que caracteriza por sua letra, linhas do baixo e a instrumentação.


Todas as oito canções mostram que Erika Espíndola é uma artista que se preocupa com a qualidade musical quase que chegando à perfeição. Em “Mama”, uma das canções que mais gostei, Erika é suave, meiga e mistura-se com ao solo da guitarra ao fundo que faz nos viajar e sonhos com aquela estrada vazia e que nos dá a sensação de pura liberdade. A mesma direção é com “Brand New Song”, uma conexão perfeita e lembrando até mesmo as mais bonitas canções folk que mostram harmonia vocal afinada e aquela abordagem conhecida para utilização de instrumento elétrica, neste caso, a guitarra.



Outra canção que me agradou muito foi “Straight or Gay” – novamente a presença da suavidade vocal de Erika Espíndola impressiona. As pessoas podem até dizer que é exagero, lembra sim as grandes divas americanas em muitas vezes. O trabalho UNA é uma lição para muitos artistas sul-mato-grossenses de como é fundamental apresentar um trabalho de muita qualidade e responsabilidade. UNA merece um show especial em um teatro com essas belas canções autorias de Erika e Júlio Queiroz e com toda estrutura possível como é feito nos shows dos grandes astros. UNA é surpreendente e vale muita a pena ouvir, aliás, sentir...

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