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  • Foto do escritorAlex Fraga

Crítica - Gravação de DVD de Gilson Espíndola mostra profissionalismo e bom gosto musical

Até poderia iniciar esse texto sobre a gravação do DVD “Dois Caminhos – 40 anos de Música” do cantor e compositor Gilson Espíndola no belo Espaço Joseph, com uma frase do Djavan a qual o artista sul-mato-grossense gosta muito. Ou até mesmo escrever que alguns detalhes mostraram a preocupação da própria produção sobre o trabalho que foi realizado. Mas a que mais poderia refletir é de nada menos, Ludwing van Beetoven: “A música é capaz de reproduzir, em sua forma real, a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria”.


Como toda gravação de um DVD, as tradicionais “paradas” e “reinícios” de músicas foram naturais, no entanto, das 20 canções que estavam no roteiro, pouco se influenciou esses detalhes para o seleto público convidado para participar do trabalho musical desse grande artista. O que se pode notar é que a música de Gilson passa em sons e letras, tudo que a música de qualidade pode ter: alma, dor, lembranças, amor e principalmente alegria. Parcerias que encaixam o regional, samba, blues, romantismo da simplicidade da letra voltado para as coisas do nordeste e os belos traçados do nosso Pantanal.


Abriu os trabalhos musicais com a suavidade da canção “Barco de Santa Maria” (Paulo Ge e Alex Fraga), seguindo assim a viagem musical do trabalho “Dois Caminhos – 40 anos de Música”, com as participações especiais de seus convidados. Paulo Ge cantou sua “Mil e Uma Noites”, composta em 1979. Um momento emocionante entre Paulo e Gilson que o público adorou. Em seguida, uma das vozes mais belas do Mato Grosso do Sul, o primo Celito Espíndola cantou a sua parceria com Gilson, “Blues and Soul”, mostrando assim a diversidade musical desses artistas. Por fim, chegou a vez de Alexandre Saad, um artista que tem várias composições em parceria onde cantaram “Toada Desembestada”, um jeito musical do ritmo sul-mato-grossense.


Dando continuidade no show-gravação, Gilson Espíndola cantou a canção “Minha Bela, Minha Linda” que compôs para sua “eterna namora e esposa” Marcia Xavier Espíndola. Um belo momento com essa canção. Assim a viagem foi seguindo com suas parcerias, Madre Canaã (com Alexandre Saad), Meu Ar (com Otávio Neto), Minto Não Te Querer (com Renan Nonato), que teve a participação de seus filhos Nayara e Rhay (alias bela apresentação e coreografia). As duas composições Destinos e Fantasiei (com Gilmar Xavier) e depois vieram outras com o parceiro que basicamente fizeram as canções pela internet e somente após oito anos foram se conhecer pessoalmente, parceria com Gilvandro Filho: Já Vai Longe o Breve Tempo, Pra Você, Isa Contra As Ondas e Colibri.


Na sequencia, outra com parceria do músico e jornalista, Rodrigo Teixeira com a canção Doce e Sal da Vida. Assim chegou Índia Pantaneira, que fez após muito tempo sem compor. O pantanal segundo ele, foi a grande inspiração. Dois Caminhos, canção que dá o nome do DVD novamente em parceria com Gilvandro Filho também foi um instante de brilho. Assim veio um samba em parceria com o músico Marcos Mendes, dando o sinal do quase encerramento: Samba Molhado. Gilson Espíndola encerrou seu trabalho com Mar e finalizou com a bela canção que transmite emoção e alegria, Rara. Como ele diz mesmo para aproveitar a vida, pois ela é rara!



Vale ressaltar que Gilson Espíndola acertou em cheio os músicos. Otávio Neto (direção musical e teclados), Renato Nonato (sanfona), Erick Jadiel (baixo), Adriel Santos (bateria), Ton Alves (guitarra), Junior Matos e Alvani Calheiros (sopros) mostraram que foram escolhidos “a dedo” pelo músico. Fantásticos!!!. A produção e o cenário (Marcia Xavier Espíndola) foram impecáveis. “Dois Caminhos – 40 Anos de Música” é sem dúvida um marco para a música do Mato Grosso do Sul. Agora é só esperar o show para o público em geral!

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