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  • Foto do escritorAlex Fraga

Crítica – Em cena teatral poética, jovem ator mostra emoção e maturidade!

Todos sabem que a carreira artística é extremamente difícil. A área teatral é uma delas. Destacar-se é para poucos. Na última sexta-feira, em um evento realizado no Genuíno onde celebravam-se a poesia e a música, um jovem ator que reside em Dourados (MS), mostrou que a arte não tem limites e principalmente desistência. Guilherme Godoy, ou seja “Godoy” interpretou com naturalidade e emoção, o poema homônimo de Henry Charles Bulowski intitulado “O Pássaro Azul”.


Os poucos minutos foram suficientes para que esse jovem artista mostrasse sua força artística com uma expressão como poucos. É extremamente agradável assistir um ator que tem essa capacidade de transmitir emoções. Além de tudo, passar o trabalho de Bukowski, poeta , contista e romancista estadunidense alemão que sua obra, de caráter inicialmente obsceno e estilo totalmente coloquial, com descrições de trabalhos braçais, porres e relacionamentos baratos, que fascinou gerações que buscavam uma obra com a qual pudessem se identificar.


Mas quem é esse ator? Ele é um jovem do interior de São Paulo, Piracicaba, desde muito cedo a arte esteve presente de uma forma muito viva. Para ele, o amor pelo teatro veio das idas a peças feitas para crianças nas quais sua mãe o levava. Além disso, quando criança ele e mais uns amigos que moravam na sua rua, criaram um grupo de teatro e todo final de semana apresentavam alguma coisa para os vizinhos. Em 2014 que entrou de cabeça no teatro e começou a encarar como algo que de fato queria fazer pelo resto de existência. Em 2015 passou a integrar a CETA (Cia. Estável de Teatro de Piracicaba). Lá foi onde adquiriu muito o conhecimento de teatro e foi onde descobriu que queria ir mais fundo numa pesquisa corporal. Em 2016 e 2017, além da CETA e de outros trabalhos esporádicos, se formou no curso técnico em teatro no Senac Piracicaba. De lá saiu formado como ator profissional.


Em 2018 entrou no curso de Artes Cênicas da UFGD, onde a questão da pesquisa corporal ficou ainda mais latente, já que a academia incita muito a pesquisa. A universidade está lhe apresentando diversas outras portas para essa pesquisa do corpo como potência principal da sua construção artística. Ele acredita que a academia pode lhe trazer é muito conhecimento teórico. “Artista nós nos tornamos vivendo a arte na luta e ser artista está acima de ser ator, cantor, dançarino ou pesquisador de qualquer linguagem. Ser artista é quase como um estilo de vida”.

Hoje em dia, todo processo, ele tem o corpo como protagonista da cena e tendo a colocar o seu corpo em cena de forma que fique bem exposto. Tem preferência por estéticas mais viscerais, como o Teatro da Crueldade de Artaud, Teatro Pobre de Grotowski e tem grande afeição pela dança. Assistir Godoy vale muito a pena e além de tudo, é saber que temos ainda esperança para as artes cênicas no Mato Grosso do Sul.

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