Artigo - Domingo de Ramos, por P. Osmar Resende

Domingo no Blog do Alex Fraga é dia de artigo com o pároco da Igreja Nossa Senhora do Salete (Primavera do Leste MT), P. Osmar Resende sdb, com "Domingo de Ramos".

DOMINGO DE RAMOS

Osmar Resende sdb

Tradicionalmente, a Semana Santa se inicia com o “Domingo de Ramos” (Lc 19,28-40; 23,1-49).

Nesse dia celebramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e depois sua paixão e morte.

Jesus entra solenemente em Jerusalém. Jesus entra pela periferia da cidade, da gloriosa Jerusalém. É acolhido pelo povo, pela multidão de gente simples, que o aclamam como rei, Filho de Davi.

Lançam ramos na estrada, no caminho, para o cortejo de Jesus. Jesus aceita humildemente esta acolhida.

Jesus vai até o centro político religioso de Jerusalém. Vai ao templo, depois é levado ao palácio de Herodes e de Pilatos. Está feita a trama político religiosa.

Jesus é, primeiramente, julgado, condenado, acusado de ser um blasfemador porque se dizia Filho de Deus. E ele o demonstrou inúmeras vezes que realmente era o Filho de Deus, através de seus milagres, de seus sinais (como diria João).

Diante das autoridades religiosas, fariseus, Mestres da Lei, os Anciãos, Jesus não passava de um blasfemador.

Mas não contentes com isto apresentam-no junto ás autoridades como um revolucionário, mais um que estaria a fazer um complô contra as autoridades romanas. E é levado a Pilatos, que lava suas mãos diante da inocência daquele que era apresentado como criminoso.

E assim Jesus é condenado e assassinado no alto do Calvário.

Mas a sua morte não é uma morte qualquer. A sua morte nos aponta um caminho. O caminho da salvação.

Jesus veio nos mostrar o caminho do bem, da felicidade. Da verdadeira felicidade, nesta vida e na eternidade.

Jesus esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição humana. Igual em tudo, menos no pecado.

Ele veio nos aproximar de Deus, tornando assim um contato mais íntimo e pessoal, mas ao mesmo tempo único e universal.

A felicidade passa inevitavelmente pela cruz. Jesus não ilude ninguém: “Se alguém quer ser meu discípulo tome sua cruz todos os dias e siga-me” (Lc 9,23).

Mas nos garante um final feliz. “Passados os sofrimentos da vida presente, entraremos na glória futura” (Rom 8,18).

Iniciemos, pois, a Semana Santa com amor, com compaixão pela miséria humana, preparando-nos para fechar solenemente com a Páscoa da Ressurreição.