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Artigo - A figueira e os frutos, por P. Osmar Resende

O artigo deste domingo no Blog do Alex Fraga do P. Osmar Resende, sdb, da Paróquia Dom Bosco de Guarapuava (PR) é intitulado: A figueira e os frutos.

A FIGUEIRA E OS FRUTOS

Osmar Resende


Jesus certa vez Jesus contou a parábola da figueira infrutífera. Um senhor tinha uma figueira no meio da vinha que não produzia frutos há três anos. Propôs cortar a figueira. Mas o vinhateiro implorou para não cortar prometendo adubar, regar a figueira. No fim o proprietário concordou, dando uma chance.

Com isso Jesus quer dizer-nos que devemos produzir frutos bons para o Reino de Deus. Jesus veio manifestar o amor, a misericórdia de Deus. E quer que o Reino de Deus aconteça, em nosso coração, em nossos lares, no trabalho, na sociedade indiferente e até mesmo contrária ao projeto do Reino de Deus. O grande sonho de Jesus, sua utopia é ver o Reino de Deus acontecer. Reino de paz, de justiça, de fraternidade, de solidariedade.

Em nosso país, o Brasil, tido como o maior país católico do mundo, reinam as maiores injustiças, as maiores desigualdades, que não condizem com o Reino de Deus.

No plano individual, muitas pessoas procuram o sucesso a todo custo, em meio a uma tremenda competição, e uma escala de valores nada cristã. Reina o egoísmo, o individualismo, a busca do ter sempre mais. Temos uma das maiores diferenças, por exemplo, de salários. Nos países nórdicos, por exemplo, mesmo sendo capitalistas, não têm essa diferença escandalosa de salários no poder público.

O que nos ensina a parábola? De um lado somos convidados a produzir bons frutos. A termos empatia, compaixão por nossos irmãos. Daí gerando gestos de fraternidade, de solidariedade, a nível individual e social.

Enquanto igreja cristã, devemos seguir os passos, os exemplos de Nosso Senhor Jesus Cristo que é o autêntico fundador do Cristianismo, que veio trazer uma nova concepção do ser humano, da sociedade, em termos de justiça, de fraternidade. Em termos macros vemos, por exemplo, a Declaração dos Direitos Humanos após a Segunda Guerra Mundial, alicerçada nos valores cristãos.

Só que na prática, o homem, a humanidade, não consegue exercê-los plenamente. E vemos agora eclodir mais uma guerra.

Porém, os frutos bons se misturam aos frutos ruins, nessa dialética da vida, da humanidade. Enquanto alguns, sem alma, sem coração, praticam os horrores da guerra, vemos tantas pessoas exercendo a acolhida, a solidariedade nessa Guerra da Ucrânia. Mas o mesmo não acontece com os outros setenta países que estão em guerra no mundo.

Em nossa realidade vemos que muitas pessoas procuram produzir bons frutos, nos laços de família, no trabalho, na solidariedade para com os pobres em tempos de

pandemia. E aí temos as pastorais, os movimentos, que se articulam visando suavizar a dor de muitos irmãos.

Deus em sua infinita paciência nos dá sempre uma chance de nos convertemos, de nos tornarmos solidários, de sermos felizes.

Temos a figura de São José, que é um exemplo de discrição, de humildade, mas também de coragem, de fibra, de solidariedade, para enfrentar os desafios da vida da Sagrada Família.

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