
Os amantes do Rap, Hip Hop, tem nesta quinta-feira, a partir das 19 horas, no Japa Conveniência (Avenida Noroeste 1540 - Vila Planalto) de poder assistir o Pocket Show, (chamado show de bolso), da principal referência do rap de Mato Grosso do Sul, a Falange da Rima, que estará comemorando o lançamento dos 10 anos do histórico CD "Esquadrão Mariposa. A banda é formada pelos grandes músicos Mano Cley, MT Flynt, Mano Xis, Jhon Geral e DJ Magão. Os caras são considerados lendas desse ritmo chamado Rap (em inglês, também conhecido como rapped) que é um discurso rítmico com rimas e poesias que surgiu no final século XX, entre as comunidades afrodescendentes nos EUA. Em Mato Grosso do Sul, a Falange da Rima é ímpar!
(Cartaz do lançamento)

Ao Blog do Alex Fraga, um dos seus integrantes, Mano Cley comentou da importância desses 10 anos de lançamento do disco "Esquadrão Mariposa", que sem dúvida foi um marco para a história do movimento em Mato Grosso do Sul. Esse foi o segundo trabalho da banda campo-grandense. Cley fala também sobre as dificuldades e principalmente a gratidão que tem por alguns artistas que colaboraram e participar desse disco que foi vendido todas suas cópias onde em uma época que o Rap não era tão difundido em Mato Grosso do Sul. Para ele é de extrema importância relembrar o lançamento do CD Esquadrão Mariposa, pois mesmo com tantas dificuldades para levar o movimento firme nessa caminhada, nunca abandonaram e sempre pensaram em coisas boas para a música, em um cenário diferenciado que é o Mato Grosso do Sul e seus ritmos.
"É muito gratificante a gente estar com saúde, vivo e ativo. Desde quando começamos lá trás em 89, 90, estamos ativos até hoje. Gravar um disco que completa 10 anos e e nesse período continuamos cantando essas músicas é um fato relevante. Hoje a internet a coisa é tão rápida, que hoje você lança uma música, amanhã a galera já esqueceu, e aí estão tocando outra e muitas vezes você descobre uma pérola, a outra some e é assim. A música hoje está assim, muito rápida. A galera canta nossas músicas até hoje. O disco teve muitas partivipações legais como Maiara Espindola, Guga Borba, Vinil Moraes, Lauren Curi, produção do Nilvan França, minha, Magão. Até me perdoe se esqueci alguém, mas foi muito bacana esse disco. Foi muito bem aceito na época pelo publico. Não lembro quantas cópias foram feitas, mas posso afirmar que todas foram vendidas. Somos gratos a turma do skate que sempre ajudou a divulgar, todas as lojas. Esse pessoal sempre fez esse trabalho de divulgar e falar sobre a Falange, tanto assim que esse show histórico os ingressos foram vendidos nas lojas de skate toda carga máxima, onde aconteceu na casa de shows Rocas.

Só gratidão a todos que ajudaram a gente . Foi há10 anos o lançamento e estamos aqui em pé, lutando pelo rap, pois abrimos espaços para muita gente. Nós fomos os pioneiros e depois veio uma galera. Hoje o hip hop campo-grandense, sul-mato-grossense não deve nada para ninguém no país. Hoje tem muito cara bom aqui. A moçada que faz batalha de rima, é muito boa e representa a gente no Brasil. A maioria está escrevendo projetos para tentar passar nos projetos da prefeitura, governo, FIC, e tentando participar dos grandes festivais e eventos. Vejo isso como uma revolução muito grande no hip hop. É óbvio que hoje não é como antigamente, . Quando você fala em 10 anos atrás ou 25 anos, quando tinha um show, a galera toda se reunia. Mesmo se você não fosse tocar. Eu mesmo já estive em vários para aplaudir, mesmo não indo tocar. Hoje não. A coisa está bem dividida em relação a público. Um pouco vai aqui, outro vai ali. É ruim ? Acho que não, pois cada um deve procurar também o seu espaço, procurar seu público alvo, mas nunca passar o outro para trás ou querer ser melhor que o outro. A vaidade nunca entrou e não vai entrar dentro da banda Falange da Rima. Aqui estamos para somar como todo mundo. Somos assim desde 1990!"
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