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  • Foto do escritorAlex Fraga

Rock - Artistas realizam show solidário nesta terça

Músicos de várias bandas de rock e outros artistas se reúnem nesta terça (11) em mais um Sarau da Clan Bier (Rua Dr. Zerbini, 464 - Chácara Cachoeira), mas dessa vez com um motivo mais que especial: ajudar o garoto Rafael Romanini Bernardo(Rafinha) que irá fazer em breve uma cirurgia no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (Paraná). Estão confirmados alguns músicos do O Bando do Velho Jack, Bêbados Habilidosos, Érika Espíndola, Blueasy, Fusca 69, Boss Tones, Fernando Morreu, Guga Borba, Naip, Banda7Seven, James Rock, Riff, Seven Four, Stone Crow, Muchileiros, JB Brands Band, Thiago Ferreira, além dos Djs Camarão, Diego DS e Nathalia Albuquerque. A entrada será apenas R$ 10,00.


Rafinha nasceu com pé torto congênito bilateral e diversas más formações na coluna, e isso só foi descoberto depois. Os pezinhos tortos, só foram descobertos no momento do nascimento, pois em nenhum momento, nenhum ultrassom, foi visto. O pai Carlos Romanini Bernardo disse que durante toda a gravidez, ele e, na época, sua ex esposa, moravam em Três Lagoas (MS). “Foi uma gestação muito tranquila, sem nenhuma intercorrência, durante todo tempo acompanhada por profissionais gabaritados, tanto de lá, quanto de Campo Grande. Inclusive o ultrassom morfológico (aquele feito ao quinto mês para identificar irregularidades no bebê) foi feito aqui em Campo Grande e não foi identificada a irregularidade dos pezinhos do Rafa. Ou seja, já foi aquele susto no parto quando vi ele nascer daquele jeito”, comenta.


O tratamento para bebês com esse problema é feito com gesso, e segundo Carlos Romanini assim foi feito. Aos 7 dias de vida começou o tratamento. Ele ia de Três Lagoas à Araçatuba (SP) pois em Três Lagoas não tinha pediatra disponível que atendesse pela Unimed naquele momento. “Uma vez por semana viajava pra fazer a troca do gesso do Rafa (o tratamento consistia em ir endireitando os pezinhos dele), daí engessava e na semana seguinte tirava o gesso, endireitava mais um pouco, engessava novamente até que os pezinhos chegassem na posição correta. Aí foi feita a Tenotomia - rompimento total do tendão de Aquiles - etapa final do tratamento. E ao que se pensava o problema estava resolvido”, disse.


Carlos acrescentou que, porém, quando foi a época do Rafinha engatinhar, notaram que ele se arrastava as perninhas e não engatinhava da forma normal. Então procuraram saber o que estava acontecendo e só aí foram descobertas as más formações na coluna dele. Então ele passei por todos (ou quase todos) profissionais na cidade, Cuiabá, São Paulo, e cada um deles, disseram uma coisa diferente do outro deixando ele e a mãe totalmente perdidos, sem saber em quem acreditar. Foram assim para Curitiba, onde ele foi diagnosticado com exatidão, devido ao excelente atendimento dos médicos de lá, e também do Hospital Pequeno Príncipe. Descobriram que Rafinha tinha “hemivertebra”, um par de vértebras a mais, e uma estenose no canal medular, além de medula presa.

A primeira providência era liberar a medula e eliminar (ou chegar o mais próximo disso) a estenose (estreitamento abrupto da medula pela própria coluna) pra que ele então tivesse total ou um aumento significativo da sensibilidade da cintura pra baixo. A cirurgia então foi realizada no Hospital Pequeno Príncipe em janeiro do ano passado. Sucesso total. “Hoje eu consigo fazer cócegas no pé do meu filho. Saliento que está cirurgia na coluna dele teve o intuito de liberar a medula (pra que ela não rompesse com o crescimento dele e o deixasse irreversivelmente paraplégico) e tb para que ele tivesse sensibilidade nas pernas e pezinhos e não para que ele andasse. Ou seja, foi uma cirurgia de caráter sensitivo e não motor”, salientou


O tratamento do gesso feito lá no início foi perdido porque para que os pezinhos não voltassem a ser como antes, era fundamental que houvesse sustentação, que ele, com o caminhar, com seu próprio peso, tornasse a posição correta dos pés,

definitiva. Como o problema da coluna só foi descoberto depois e ele não andou, não teve essa sustentação. Esse peso sobre os pés, não teve o uso regular de pernas e pés, fazendo com que eles voltassem a ficar tortos.


“O objetivo da cirurgia de agora é deixar os pezinhos na posição correta (e agora o tratamento é apenas com cirurgia e não mais com trocas de gesso) pra que agora, sentindo os pés e pernas, o Rafa possa evoluir da cadeira de rodas para um andador, muletas, enfim, estimulando seu equilíbrio, troca de passos etc, para tentar fazer andar, se equilibrar sozinho. Porém, não se sabe se isso vai ou não acontecer um dia ou não. Mas eu vou lutar pra que isso aconteça até o último dia da minha vida. Ele merece. Apesar de ser um garoto muito bem resolvido com a sua própria situação, é um guerreiro que me enche de orgulho, que me mostra todo dia que a felicidade tá em coisas completamente diferentes das que eu sempre imaginei que estivesse. Ele me mostra que tenho muito a evoluir, que ainda tenho muito que aprender nessa vida”, concluiu.

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