Reflexão - Velhas e novas ferramentas de fazer "rabiscos", por Sylvio D Prospero
- Alex Fraga
- 11 de jul. de 2022
- 2 min de leitura
REFLEXÃO - VELHAS E NOVAS FERRAMENTAS DE FAZER "RABISCOS"

Quando comecei a me aventurar nos "rabiscos de letras", como costumo dizer de meus escritos, foi com uma caneta que meu pai, o Véio Domingos, me deu, quando eu tinha 12 anos de idade, era uma caneta tinteiro, marca Parcker, a ostentação da escrita, e que ele financiou no Mappin, uma loja de departamentos, muito famosa em São Paulo. Muitas reflexões, contos, ensaios, músicas e poesias foram escritas com a "preciosa", como a apelidei. O tempo foi passando, fiz meu curso de datilografia, fui ser datilógrafo, e me encantei pela nova ferramenta de escrever. O tempo passou, continuei à rabiscar com a velha " preciosa", minha caneta. Até que conheci a máquina de datilografia portátil, foi amor à primeira vista, mas muito distante das minhas posses. O tempo passou, até que o sonho se realizou, e a nova companheira de rabiscos, agora "rabiscos mecânicos", entrou em minha vida, trazendo novas sensações e motivações para a imaginação. Para que meus velhos rabiscos não se sentissem esquecidos ou menosprezados, datilografei todos eles e, os guardei no meu baú. O tempo continuou passando e o novo sonho de consumo passou à ser o computador que, quem me conhece sabe, sempre fui avesso. Mas ao mudar para um apartamento, os "tlec tlec" da velha "remington", começou a atrapalhar os vizinhos e, uma visita do síndico, me fez parar de "rabiscar mecanicamente" à noite, o que me deixou, como diria, meio sem imaginação. Foi então que ganhei um IPod do meu filho Renato, contra meus princípios arcaicos, entrei na era digital, dos IPod e IPed. Hoje tenho minha "preciosa", a caneta, e minha "máquina de rabiscos mecânicos" portátil, guardadas no meu baú de recordações, de vez em quando, troco a tinta da caneta e, bato a tecla "espaço" na máquina, só para reviver o meu passado de rabiscos e mantê-las vivas!!
(Véio D'Prospero)
Parabéns querido amigo...
Nunca parar de escrever, a tinta, a máquina, no celar, onde for vamos escrevendo e deixando nossas marcas, nossas raízes.