Segunda-feira no Blog do Alex Fraga é dia de texto de reflexão com o poeta e escritor de Curitiba (PR), Sylvio D Prospero, com Rebelde sem causa.
REBELDE SEM CAUSA
(Véio D'Prospero)
Nada tenho de saudosista, mas tempos bons foram os meus na minha juventude, e que guardo nas minhas recordações...
Chegava em casa na madrugada do Sábado, depois de fazer um baile, tomado uns HiFi, Vodka com Crush, e que os mais antigos saberão o que é... umas Cuba Libre, Rum com Coca Cola, tomava um banho, dava uma descansadinha até às duas horas da tarde, e lá ia eu subir e descer a rua Augusta, no meu fusca verde musgo ano 59 paquerando as garotas "papo firme", mais uma que os mais antigos saberão o que é, com suas mini saias e cabelos ao vento.
Muitas vezes o sobe e desce durava até às seis horas da tarde, e apenas os olhos eram satisfeitos, pois a garota papo firme não queria nenhum outro papo.
No Fusquinha o Rodstar... taí, isto muitos saberão o que era, rodava umas fitas K7, com Rock Americano à todo volume que os auto falantes aguentavam.
Numa mão da sorte uma garota papo firme se aventurava à dar uma voltinha no fusca, encarando minha aranha amestrada que passeava nas teias deixadas no meu pé de feijão, brotado no cantinho do banco de trás do Fusquinha... Dalí para um passeio no parque do Ibirapuera era um pulinho.
Muitas músicas lenta ouvidas na Radio Excelsior, com o locutor falando "EXCELSIOOOR" no melhor da música, e o final do Domingo sempre era saboreando um X Salada, servido pelo "seu" Oswaldo no Nico Hamburguer, na avenida Domingos de Moraes.
E o fim da saga de mais um final de semana na minha juventude em São Paulo era, chegar em casa abrindo a geladeira, e entornando o litro de leite com a boca larga e de vidro, como James Dean no filme "REBELDE SEM CAUSA"!!!
(Véio D'Prospero)
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