
Segunda-feira no Blog do Alex Fraga é dia de texto de reflexão do poeta e escritor de Curitiba (PR), Sylvio D Prospero, com O café da manhã.
O CAFÉ DA MANHÃ
Sentado, tomando meu café da manhã e olhando as plantas da dona Maria, viajo na recordação…
É la estou eu, sentado na varanda da casinha de madeira, cercado de Samabaias, Dinheiro em pencas, Flor de Maio entre tantas outras folhagens e flores, que minha mãe a dona Linda cuidava com tanto carinho.
Meus pensamentos acompanham o tempo, indo para trás me levando para minha infância lá no bairro do Caxingui, periferia de São Paulo.
Me vejo correndo pela rua de terra, pelo campinho de terra batida, meus amigos gritando para mim ir fazer parte do time dos sem camisas, pois o Minhoca meu amigo, tinha trazido a bola de capotão (de couro, para os que não conhecem)
Vejo o seu Chico Bacatero, se aproximando da cerca de arame farpado que separava o campinho. da sua horta, e sempre com a enxada nas mãos, só esperando a bola cair no seu terreno, e sentar a enxada nela...
Dona Candinha, a senhora do velho casarão, que tínhamos a certeza que era assombrado, com o balde de água fresca tirada do poço do seu quintal, e uma caneca de alumínio na mão, para matar a nossa sede quando acabava a pelada, jogo para quem não conhece, de futebol.
E no pôr do sol, o grito da minha mãe...
- Vem pra casa Sylvio, hora do banho e da janta, venha logo…
Com os gritos da minha mãe volto para a realidade, mais ainda sentado na varanda da saudade, na casinha de madeira e cercado das recordações que me trazem... um café da manhã...
(Véio D'Prospero)
Obrigada por ler-te e também pela nossa amizade, tenho aprendido contigo.
Maria de Lourdes da Costa
Adorei bastante.
Sandra Nogueira
Paranaguá PR