Sexta-feira, no Blog do Alex Fraga texto de Reflexão da historiadora, professora universitária, poeta e escritora de Dourados (MS), Joana Prado Medeiros, com seu Diário de uma Idosa 52.
Estou cansada...Choro e sonho, calço o chinelo ligeiro...Pisa a noite no chão do dia, ruminando obrigações...Dança a noite nas ventanias carregando ilusões. Passa o tempo nas cabeceiras das camas insones, rangendo perdas feridas na falta do respirar dos pulmões...Conta as contas do rosário canta os mantras das esperanças trocando os dias trocando os meses do tempo que parte, do tempo que fica...Das lembranças dos risos quentes do abraço, das taças brindando vidas...Do tio, da tia, do comadre e do vizinho e do irmão...O neto na varanda e o som do violão...Range o sino das mortalhas tange a vida ceifada, chora o sangue e chora o amigo nos tempos de mortes e dó. Debruça a esperança nas janelas, grita o profano e o sagrado... Espera a roseira fria a rede vazia clamando por jacarés vacinados em entradas e bandeiras cantando a tabuada das aglomerações...A vida entre
parentes no modo remoto em colchetes a espera da soma das equações...Grita a noite de lua crescente...A espera do dia...Ao pé do leito vazio, versa o verso dos batons guardados, dos sapatos endurecidos, cantando solidão poesia nos pijamas cansados...Levanta o varal da esperança no seio dos porões da balbúrdia nos cilindros das ciências o vírus nas universidades será via vacinas dominado.
( Joana Prado Medeiros - 11/08/2021) É Pandemia.
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