Nesta segunda-feira mais uma reflexão do poeta e escritor de Curitiba (PR), Sylvio D Prospero, com seu texto intitulado "A borboleta e a flor".
E a borboleta se apaixonou pela flor, foi um amor mútuo e repentino. Ao bater suas asas pela primeira vez a borboleta sobrevoou uma flor, que a atraiu com sua cor, seu pólen e seu leve balançar cativador ao vento. A flor, que se abriu para receber a luz do sol, se encantou com a beleza e doçura do bater das asas coloridas da borboleta, e suspirou, tão fundo que espalhou seu pó de fertilidade, chamando-a para um abraço . A borboleta, sabedora de suas poucas horas de vida, mais que depressa se envolveu e abraçou a flor, que também já estava nos seus últimos e poucos dias. O amor foi completo, com sugar de seiva e grudadas de pólen, carinhos, verdadeiro coito da natureza. A borboleta seguiu seu caminho, esparramando o amor recebido, que se tornarão seus filhos do amor amante, como árvores e novas flores, aproveitando o pouco tempo que lhe resta. A flor, após aqueles momentos, se desmanchou, caindo por terra, mas deixando perpetuar sua prole. Novos casulos se grudarão nos galhos das novas arvores, que trarão novas borboletas e novas flores. E assim caminha a vida, a natureza, poucos momentos, amores quase impossíveis, que fazem a razão de nascer, viver e morrer!!
(Véio D'Prospero)
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