Quarta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia do professor, músico, poeta e escritor de Dourados (MS), Paulo Portuga, com seu: O índio invisível.
O índio invisível
O índio invisível Indivisível múltiplo ser O índio invisível Indizível que ninguém quer ver...
Caminha na margem da estrada Assim como na vida Sobe a fumaça preta Do pneu queimando No meio da pista Atrapalha o progresso A carreta de soja e de bois Chega a polícia Na TV outra notícia...
Mas ninguém quer saber Se matou foi o índio Se roubou foi o índio Se está pedindo é o índio Se bebeu só pode ser o índio...
Índio invisível Que ninguém quer ver...
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