Poesia de domingo no Blog do Alex Fraga. é do poeta e professor universitário hoje residindo no Mato Grosso, Isaac Ramosc, com "Um poeta sem cercas". (In memorian a D. Pedro Casaldáliga)

Casaldáliga subiu à última morada dos poetas... Encontrará Dom Hélder Câmara. Rezará uma “Missa dos Quilombos, Uma “Missa da Terra sem males”. Seu silêncio será seu poema. E, “Junto ao vosso canto”, Erguerá a humanidade em poesia Como “Profecia extrema”.
Sinos lúgubres tangem o “Clamor elemental”. Em “Terra nossa, liberdade”, Na “Desvairada esperança”, “Na rebelde fidelidade”, Pedro, poeticamente, acreditava na liberdade. Sua voz metonímica de fé Era um bastião de energia. Na luta contra o opressor, Defendia uma Igreja de Libertação.
Tinha “Experiência de Deus e paixão pelo Povo”. Era um clamor de “Fogo e cinza ao vento”. Celebrava “O tempo e a espera” do grande verso. “À espreita do reino” da poesia, fazia diferença. Pedro, “Vós sois a necessária urgente utopia”. “E o verbo se fez classe” Como “Sonetos neobíblicos, precisamente”. Foi espanhol, viveu “Ameríndia, morte e vida”. Nos “Murais da libertação”, fica grafitado seu nome.
Da sua prelazia, ecoam brados de “Orações da caminhada”. São braços de resistência do verbo E soam como “Versos Adversos”. No chão vermelho do Araguaia, Uma lua cheia, refletida no espelho d’água, Anuncia o nascimento de mais uma estrela.
A poesia pressente: Casaldáliga, presente!
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