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Poesia - Um amor perdido, por Carlos Magno Amarilha

Foto do escritor: Alex FragaAlex Fraga


Sexta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o poeta e escritor de Dourados (MS), Carlos Magno Amarilha, com "Um amor perdido".


UM AMOR PERDIDO


estava

uma nave espacial

de potência e belezura


o barato todo

bem bolado

nos mais altos dos ofícios

conforme o planejado


boas rolaram

shows ao vivo

que deixam inebriados

ballet clássicos

forró do bom

MPB

verdadeiros espetáculos

de bandas divinas

coquetéis e caipirinhas

tudo em cima

quadros de belezas

insuportavelmente lindas!


foi quando você

me pegou na surdina

e disse:

- dez! perfeito! maravilhoso.

mas tô zarpando

não se zangue

tenho que partir

e foi sem pestanejar


meu coração, espatifou-se

encontra-se em plena recuperação

quantos dias ainda,

perguntei à médica

que respondeu: só o tempo dirá!


(Carlos Amarilha, in: Arandu Y Porã Terey).

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5 Comments

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Guest
Dec 30, 2024
Rated 5 out of 5 stars.

A expressão "meu coração, espatifou-se" evoca uma imagem vívida de fragmentação e desolação, capaz de transportar o leitor para um abismo de dor. No entanto, a frase não se limita a descrever o sofrimento; ela também aponta para a resiliência do ser humano, que, mesmo diante de uma experiência tão dolorosa, busca a recuperação. A metáfora do coração, órgão vital associado às emoções, revela a profundidade da ferida e a intensidade da busca pela cura.

A pergunta "Quantos dias ainda?" reflete a angústia natural de quem busca uma previsão para o fim da dor. A resposta da médica, "só o tempo dirá", embora frustrante à primeira vista, carrega uma sabedoria ancestral. O tempo, muitas vezes visto como um inimigo implacável,…


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Guest
Dec 27, 2024
Rated 5 out of 5 stars.

A frase "só o tempo dirá" no poema de Carlos Magno Amarilha é um testemunho da complexidade emocional da cura do amor ferido. O tempo assume um papel fundamental na cicatrização, permitindo que as feridas sejam processadas e superadas.


A incerteza sobre o futuro da dor emocional é contrastada pela esperança de superação e cura. A resignação em aceitar o processo individual e subjetivo da cura é um passo essencial. O tempo oferece perspectiva, permitindo uma visão mais clara sobre o passado, e possibilita a reconstrução da autoestima.


Nesse contexto, o tempo é apresentado como um agente terapêutico, capaz de curar as feridas emocionais. A frase "só o tempo dirá" transcende o contexto do poema, criando uma conexão emocional entre…


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Guest
Dec 27, 2024
Rated 5 out of 5 stars.

"Um Amor Perdido" é uma obra que toca o coração, explorando temas universais de amor, perda e saudade.

Silvana Maria - São Paulo-Sp

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Guest
Dec 27, 2024
Rated 5 out of 5 stars.

"Um Amor Perdido": Uma Ode à Perda e à Saudade


O poema "Um Amor Perdido" é uma expressiva obra que transcende a perda e a saudade, transportando o leitor para um universo de emoções intensas. A nave espacial, símbolo de potência e belezura, representa o amor perfeito, cuidadosamente planejado e executado.


A primeira estrofe descreve um cenário de luxo e prazer, com shows ao vivo, ballet clássico, MPB, coquetéis e caipirinhas. Essa atmosfera festiva contrasta com a surpresa e a dor que se seguem. O autor é pego "na surdina", revelando a vulnerabilidade.


A partida inesperada do amado desencadeia uma crise emocional profunda. O coração "espatifou-se", simbolizando a dor intensa. A resposta da médica, "só o tempo dirá", deixa o…


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Guest
Dec 27, 2024
Rated 5 out of 5 stars.

O poeta douradense Carlos Magno Amarilha nos presenteia com um poema que transborda emoção e reflexões sobre o amor, a perda e a efemeridade da vida. Em "Um amor perdido", Amarilha utiliza uma linguagem poética rica em metáforas e imagens vívidas para construir um universo particular, onde a paixão e a desilusão se entrelaçam.

O poema inicia com uma descrição exuberante de uma "nave espacial", que simboliza a intensidade e a beleza do amor vivido. A sequência de eventos e atividades, como shows, ballets e coquetéis, retrata um período de grande felicidade e prazer. No entanto, a felicidade é abruptamente interrompida pela partida inesperada do amado(a), que "zarpou" sem dar maiores explicações.

A metáfora do coração "estilhaçado" revela a profundidade…


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