Quarta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o professor, músico, poeta e compositor de Dourados (MS), Paulo Portuga, com Silêncio.
SILÊNCIO
Silêncio Sem conversa Prosa ou verso Um dia surdo Outro mudo Sem diálogo Logo chego Logos nada Silêncio, sem senso Sem ruído Só a ideia Numa casa vazia Casa sombria Casa quieta Casa sem pio Casa que não fala Nada preenche Vazio se sente Não se ouve A voz de seu ente Orelhas, ouvidos Para pendurar brincos Mas nada se fala Nada se ouve Tudo se omite Tudo se perde A TV fala por si A Pizza esfria e seca Gatos não falam Gatos se esquentam No colo esquecido
De alguém que Não conversa Não troca sonhos Sentimentos endurecem O café é esquecido O peito de quem cala Vira pedra Vira ferro Porque não virou ondas? Sonoras ou elétricas Que ligam Que unem Que formam Que informam Nada disso Só vácuo Escuro Frio Vazio Triste Sem Som Sem Soma Sem Sonho Seria Ser Ssssss Schiiiiiii Silêncio...
Silêncio é necessário para ouvir os ruídos dos pensamentos