Poesia - Poesia Sem Nome Sem Poesia, por Marcos Coelho

Um domingo de estreia no Blog do Alex Fraga. Marcos Coelho Cardoso. Nome Literário: Marcos Coelho. Escritor, Jornalista, Ator, Poeta e Professor. Brasileiro. Natural de Fátima do Sul/MS. Graduado em Letras (UFMS, 2004). Membro Titular e Presidente da Academia Douradense de Letras – Dourados/MS. Membro Corresponde na Academia de Letras Teófilo Otoni/MG. Membro: União Brasileira de Escritores - UBE/MS; Academia Uruguaia de Cultura Nacional e Internacional – APUCNI; Casa do Poeta Peruano no Brasil. Livros: Dourados e sua Natureza em Prosa, Poesia e Cordel (Seriema, 2013); Poesia em Cores (Seriema, 2014); Gotas de Poesia... De Um Jovem Poeta... (Marques, 2014. Português/Espanhol). ADL 25 anos celebrando seu Jubileu de Prata (Biblio, 2018), Coautor da Coletânea internacional Almas Cativas (Biblio Editora, 2021); Ecos do Brasil (In-Finita: Lisboa, 2021); E-book: Fragmentos e Poesias: Pedaços de Mim... (Seriema: Dourados/MS, 2022). Coautor da Coletânea Internacional Entre Rosas, Tuiuiús e Bonecas de Milho (In-Finita: Portugal, 2023). ADL 30 Anos Jubileu de Pérola (Organizador e Autor, Biblio Editora, 2023).

POESIA SEM NOME SEM POESIA

És o malho...

És o trabalho...

És o retalho...

És o talho...

És o sulco e o vergão;

És a ferida aberta que não sangra,

não dói, não se sente...

És o meu coração ferido

não por lâmina...

ou por um estampido...

mas pelo teu olvido...

o teu retumbante esquecimento...

vivo no rodilho do tempo...

sinto o vazio que sai a cada hora,

esse terno vazio que apavora,

implora um momento,

um único beijo e um alento...

és o pincel que pinta a tela em branco,

uma cor sem jeito, sem cor, liquida,

transparente e incolor,

quisera fosse insípida e inodora,

como essa dor no peito que chora,

no túmulo, a lápide, um último pedido...

numa lápide sem nome,

sem epitáfio, sem poesia.

Marcos Coelho

24/08/2023 00h