
Pescadores de ilusão
Não é dentro de minha casca que tem um bicho. É dentro de meu bicho que tenho cascas. Não é a sensatez que majora os absurdos, mas os absurdos que fogem da sensatez. Não são nossos vazios que são cheios de inerências. Mas nossas inerências que pescam os vazios. Somos pescadores de inconcretudes e usamos como iscas as tripas das palavras, um amanhecer noturno do orvalho de nó mesmos. Ermos e descaminhos são Lugares de corações sem comportamentos. Culpados de nós mesmos, Andamos como veranicos Proustianos Em busca de um janeiro perdido.
O que não existe é o que procuramos como ideal de beleza.
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