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Poesia - Para Helena Meireles, por Tânia Souza

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 27 de fev. de 2024
  • 1 min de leitura


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Para Helena Meirelles

de Tânia Souza - - - -


PARA HELENA MEIRELLES


Helena, mulher sem fronteiras

flor de guavira, brava sertaneja

brotou flor-fera em terras e sonhos

guaranis

na paleta de cores do sertão,

menina escondida compondo sons


e se tocar viola era coisa que

não-se-deve-moça-fazer

ela foi e fez


foi moça, mãe, enamorada,

solitária, mulher coragem, enluarada.

não haveriam de lhe cortar nem os

dedos,

nem os sonhos


foi para a zona, para a festa, para o

mundo,

foi violeira ser


e eram rios, pássaros,

bichos entoados na palheta do chifre

sagrado,

eram vozes e violas dizendo não,

ao não patriarcal

depois, foi tempo e descaminhos nos

mistérios do sertão.

entre as cordas do destino foi

curandeira,

foi parteira;

mãos lavadeiras

- escutando melodias das águas

pantaneiras.


Helena entre cobras, onças, jacarés,

bicho gente, bicho terra

roupas nas pedras quarando

mais de 30 anos se passaram


mas na caligrafia dos dedos vibravam

acordes e magias,

entre as cem mais, a palheta de

Helena se iluminou.

quis o destino fosse ela, estrela na

Guitar Player


Helena, passarinha andarisca

musicando artes de voar

eterna Dama da Viola,

dedos famintos de som e arte,

agora entrestrelas,

entoa melodias de liberdade


Tânia Souza

 
 
 

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