top of page

Poesia - Paraíso às avessas, por Ilsyane Kmitta

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 15 de jul. de 2024
  • 1 min de leitura


Segunda-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com a professora, poeta e escritora de Dourados (MS), Ilsyane Kmitta, com "Paraíso às avessas"


Paraíso às avessas


A vida arde em chamas

Cheiro de mato queimado

Cheiro de carne e agonia...

Natureza se esvaindo

Os rios secando... sumindo

Sem declives para correr

Bichos vagando a esmo

Em fuga, desespero... atropelo

Em busca de refúgio

No trinado e ziguezaguear do fogo

No noticiário de novo

Pantanal da alegoria

Humanos confabulam

Noticia nos jornais pululam

A natureza padece...adoece

A humanidade se compadece

Mas o capitalismo enaltece

Patas, raças e espécies

De expansão sem alcances

Terra sem bordas

Da mãe d’água, da comitiva e do peão

Do come-língua e pé de garrafa

Do Sinhozinho, do tuiuiú e do maozão

De limites das águas e dos homens

Da ciência, de saberes e lendas

Que não cabem em agendas

No compasso que não cabe laços

Navalhas ou fios de aço

Apenas águas em riachos

Corixos e baías

Em busca de uma estrela guia

Que o liberte dessa agonia

 
 
 

1 comentario

Obtuvo 0 de 5 estrellas.
Aún no hay calificaciones

Agrega una calificación
Invitado
16 jul 2024
Obtuvo 5 de 5 estrellas.

Triste, precisamos olhar mais para a natureza.

Me gusta
bottom of page