Sexta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o poeta e escritor de Dourados MS, Carlos Magno Amarilha, com Pantaneados.
PANTANEADOS
toque ardido do rio que desceu ao céu do esgoto
peixe colorido nada contra veneno da ysca exportada
o índio sem caça carteira assinada 100 nada na calça
graça na balsa ponte embarcada na bolsa quebrada
produto barbado barbaramente soneguês
posses de guerras e assassínios
lembranças ex-ecológica mente de barcos a bala
derramando o óleo de manchas adjacentes ao rio
exportou carne que o soldado nem sonhou
apressado correu lotado e aí o boi passou dolorizado
engorda deixou mais analfabetos que flamenguistas
paga imposto do plantio meia-a-meia invisível
se virou sozinho no metro sem rumo certo
perto dali aqui vende assim quase-original
genérico mente genericamente pontual
o p está p com a política
difícil de aceitar acentuar a feita perfeita
banho de luz limpe a escuridão
(in, Bovinoletras, 2008, p. 64)
LLL