top of page

Poesia - Pantaneados, por Carlos Magno Amarilha

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 9 de set. de 2022
  • 1 min de leitura

Sexta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o escritor, poeta e professora de Dourados (MS), Carlos Magno Amarilha, com seu poema intitulado: Pantaneados


PANTANEADOS


toque ardido do rio que desceu ao céu do esgoto

peixe colorido nada contra veneno da ysca exportada

o índio sem caça carteira assinada 100 nada na calça

graça na balsa ponte embarcada na bolsa quebrada

produto barbado barbaramente soneguês

posses de guerras e assassínios

lembranças ex-ecológica mente de barcos a bala

derramando o óleo de manchas adjacentes ao rio

exportou carne que o soldado nem sonhou

apressado correu lotado e aí o boi passou dolorizado

engorda deixou mais analfabetos que flamenguistas

paga imposto do plantio meia-a-meia invisível

se virou sozinho no metro sem rumo certo

perto dali aqui vende assim quase-original

genérico mente genericamente pontual

o p está p com a política

difícil de aceitar acentuar a feita perfeita

banho de luz limpe a escuridão


(in, Bovinoletras, 2008, p. 64)

 
 
 

3 commentaires

Noté 0 étoile sur 5.
Pas encore de note

Ajouter une note
Maria Aparecida Bolzan
Maria Aparecida Bolzan
09 sept. 2022

Muito legal!!

J'aime

Ruberval cunha
Ruberval cunha
09 sept. 2022

Uma criticidade visceral amparada em elementos que mesclam o urbano e o rural com pitadas de ironia. Passagens com uso de paranomásia, aliteração e metáforas que reforçam o estilo de escrita pelo qual optou no texto. Os trocadilhos que passeiam nos versos nadam na técnica. A criatividade na linguagem encontra os caminhos de quem a escreve. Parabéns pelo poema. Votos de sucesso.

J'aime

Carlos Magno Mieres Amarilha
Carlos Magno Mieres Amarilha
09 sept. 2022

uma porrada

poema chute

concreta

J'aime
bottom of page