Domingo no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com a poeta e escritora de Campo Grande (MS), Cláudia Finotti, com Palavras ao Vento.
Palavras ao Vento
Palavras ao vento não são para
o coração.
São palavras perdidas
difíceis de serem encontradas,
demoram a achar o caminho de volta.
Com o tempo, perdem a validação
ou se escondem, camufladas nas
brechas
deixadas abertas, como feridas
antigas
gemendo de dores amanhecidas
em contínuo abandono
de tudo que faz sentido entre idas e
vindas…
Vez ou outra, nessas relações rasas,
sentimentos nada profundos
boiam como Vitórias Régias
ostentando sua beleza irascível
numa “fortaleza” flutuante de curtas
rédeas.
Não posso me queixar
de estar rodeada por um mundo
vazio e sonso,
pois transborda em emoções cheias
de cores, odores, sentimentos
envelhecidos
encravados como punhal de prata
ferindo e sangrando mortalmente
minha pálida alma humana;
Que oscila em formas
à Imagem e Semelhança
de Meu Onipresente Criador
Vibrando frequência de Luz e Som
que personificam a Vida, e Vida em
Abundância
mesmo que a natureza dessa Luz
seja contornar formas
e projetar suas sombras.
Tudo que voa ou flutua para
longe
está vazio e leve, não!
Há cargas pesadíssimas
viajando distâncias infinitas e
insondáveis
driblando e conhecendo
o espaço físico em que
sua Real Natureza habita.
Cláudia Finotti
Palavras ao vento tesouro perdido,melhor que não voltem e não firam o coração, palavras ao vento tem força de maldade, martelo que bate prego, machado de lenhador que derruba mata, faça de dois gumes quando entra e pra matar .
Desculpe minhas palavras.
Belíssima poesia.
Maria de Lourdes da costa