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Poesia - "O Ferreiro e o Martelo", a poética de Elio Ferreira

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 18 de ago. de 2020
  • 1 min de leitura

O poeta piauiense Elio Ferreira, que por muitos anos esteve morando em Campo Grande e que contribuiu com o surgimento da UBE-MS (União Brasileira dos Escritores de Mato Grosso do Sul), brinda com seu poema em homenagem ao seu falecido pai. Elio nasceu em Floriano (PI) e é professor de Literatura na UESPI, doutor em Letras e tem pós-doutorado em Estudos Literários. Já publicou mais de 30 obras.


O FERREIRO E O MARTELO

* * Ao meu pai Aluízio Ferreira, in memoriam


O meu pai é ferreiro, Ele acorda de manhã, Bem cedinho, Na hora dos passarinhos, O martelo TEM TEM TEM...


O meu pai é ferreiro, Ele acorda a casa, Acorda a vizinhança, Acorda a minha rua, Acorda o bairro,

Acorda a cidade,


Ele acorda o mundo inteiro. O martelo TEM TEM TEM...

O meu pai é ferreiro, Um menino puxa o fole: A oficina, a forja, o fogo, O ferro em brasa, a bigorna, A tenaz e a geometria do ferro, O martelo TEM TEM TEM...


O meu pai faz enxada, foice e machado. O meu pai faz chocalho, espora, brida e cabeçote. O meu pai faz faca, facão, rifle e espingarda. O meu pai faz marca de ferrar e ferradura. O meu pai faz porca, parafuso, portas e portões. O meu pai faz o diabo-a-4 de ferro. O martelo TEM TEM TEM...

O meu pai é ferreiro, Ele conta histórias bonitas para mim.

Ele acorda de manhã Bem cedinho, Na hora dos passarinhos. O martelo TEM TEM TEM.




Teresina, 2014.

 
 
 

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Host
10. 5. 2024

Muito bom

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