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Poesia - No banco onde eu esperei em vão, por Ítalo Raphael Lima Dourado

Sábado no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o poeta e escritor de Sobras (CE), Ítalo Raphael Lima Dourado, com No banco onde eu esperei em vão.


No banco onde eu esperei em vão


No banco onde eu esperei em vão.

Plácida, triste e calma, a outra alma

chegou então.


- Foste pouca conquista o nosso enlevo?

- Sim.

- Deixou-me com o nome mais triste. A tua vida era o meu único consolo. A minha não foi pra ti?

- Não.

- Lembrei mesmo não gostando da saúde que possuíam os nossos projetos.

- Tudo adoece e morre.

- Só em não estar mais ao teu lado, todo o bem passado me foi um sonho?

- Então deixe-o adormecido.

- Ah… O céu contigo era azul!

- Esse céu se vestiu de luto. Bem… parece que é aqui que nos separamos.


Plácida, triste e calma, nem nos

demos das mãos, as palmas.

Continuei no banco em vão enquanto

chorava meu coração.



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