Poesia - Lágrimas, por Isaac Ramos
- Alex Fraga
- há 12 horas
- 1 min de leitura

Segunda-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o professor universitário, poeta e escritor de Campo Grande (MS), Isaac Ramos, com "Lágrimas".
LÁGRIMAS
(Isaac Ramos)
O corpo de um poema se esconde em uma ilha verde
O poema tem um corpo sacro e uma alma profana
O poema é epifania na vida de um poeta
O poema se alimenta de vinho e ilusões
O poeta amadeira a poesia com o sol a pino
A poesia é a lira que sobrevive.
O poema é livre objeto no livro de artista.
O poema (re)cria a poesia.
O nível da poesia sobe nos igarapés do poema.
O poema africaniza a branca lira dos mares.
A poesia não se prende na gaiola.
O poeta tem incontinência com o verbo.
O poema é feito de livre arbítrio.
A poesia é fruto da palavra lavra.
No garimpo literário, todo livro de artista exibe uma fronteira entre o ordinário e o utilitário.
O poema se tem uma nota ninguém o nota.
Seu amor renova meu olhar toda manhã.
Que o amor surpreenda como o cântico dos pássaros.
Que a poesia seja infinita e agradável enquanto dure o poema.
Comments