top of page

Poesia - Insensatez, por Sylvia Cesco

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 21 de out. de 2022
  • 1 min de leitura

Sexta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com a escritora e poeta campo-grandense, Sylvia Cesco, com seu poema intitulado Insensatez.

Insensatez

Desfaço, desato, desatino.

Desassossego: lírico destino

de ser janela descerrada

porta escancarada

por onde passa a Vida

desandarilha.


Desentardeço quando é noite.

Me faço de lua mouca

quando a teia é pouca

e não se tece a rede

nem se assenta a massa

pra desconstruir parede.

Em recantado encanto

romanceio águas

desbrejeio sonhos

e desrevelo mágoas.


Afinal, cansei de ter delírios.

Houvera agora de ter dedálias

derrosas e demargaridas.

Não mortalhas, mas vidalhas

em insensato e lânguido silêncio

adormecido em azul.



 
 
 

1 comentário

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
Maria de Lourdes da Costa
Maria de Lourdes da Costa
27 de out. de 2022

Desatou todos os nós

Está livre para voar e sonhar

Pousando no azul celeste

Escolher ser pássaros ou borboletas, ganhar alturas ou as flores dos jardins dividindo-as, com os delicados beija-flores.


Curtir
bottom of page