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Poesia - Eras, por Nelson Araújo Filho




Quarta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o advogado, poeta, escritor e presidente do Instituto AGWA, Nelson Araújo Filho, com "Eras".


ERAS


Tropel cego de anos

Deslizando as águas inquietas da chuva

Avançou, amontoou-se às costas.

Emboscados, disseram-me eles:

- Nós te refinamos!

Assim fui, direto em cheio

Curtindo o melaço, para os grãos e o pó.

 Incomodado, adiei o grato.

Não é de pureza

Tão intenso branqueado.

As cores são do definhar, escorrem

Sempre se vão no tempo.

- Quem falou de qualidade nesse acumulado?

Converso com os mortos

Em minha volta

Em legião.

Pela tarde, onde não existem os anos

Curada, nos encontra a lembrança.

Na casa de purgar passei.

Lá, apenas fui consumido entre estágios.

Minhas mãos se apoiam

Na convicção de outras.

São frágeis!

O vigor derretido junto as cores.


Nelson Araújo Filho



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2 commentaires

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Invité
29 mai
Noté 5 étoiles sur 5.

Perfeito!

Sandra Luiza Gomes

Campo Grande MS

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Invité
29 mai
Noté 5 étoiles sur 5.

Caramba... emocionada aqui! Lindo.

Perfeito demais.

Lu de Castro.

Londrina PR

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