Segunda-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o poeta e escritor de Campo Grande (MS), Isaac Ramos, com Entre taças de vinhos.
ENTRE TAÇAS DE VINHO
A anatomia do vinho A olho nu É vista Em transparentes taças Que degustado À vista Sem aparente risco Trazem em rolhas O sabor inconfundível Das regiões Em amplidão Pode ser o do Porto Em aperitivo Pode ser Toscana Ou Piemonte Mas se for de Médoc De Borgonha Ou de Bordeaux O prazer tinto Será garantido.
Em uvas tantas As Cabernet Sauvignon Não têm erro Na hora da degustação Mesmo que de países Distintos o fino vinho Dá um trato Não é um labirinto. Todavia se forem Tempranillo É bom tom que sejam Da Espanha Quiçá da Rioja E se for da Navarra Acrescenta-se as Cabernet Sauvignon Com as Merlot.
Em Portugal, Não doure a pílula Mas se levarmos Em consideração Regiões vinícolas Das mais belas É do Douro Que estaremos Provando os frutados Mais tintos.
No Uruguai Aportemos Nosso gosto Na região De Canalones E provemos Das tintas Uvas Tannat.
Na Argentina, A região de Mendoza É a mais conhecida E sendo de boa fé As uvas Malbec São as mais pedidas.
No Brasil, A Serra Gaúcha Traz entre tantas Vinícolas a Miolo E a Casa Valduga Mas de prontidão O sabor pouco muda.
Enfim, o melhor mesmo É ficar diante De tuas taças Uma de vinho Outra de água E de seus cristais Feito rendas transparentes Provar demoradamente A delícia em tragos Como se fossem rosados bicos Que tilintam E aumentam O apetite Do poeta Advertido Por palavras Tintas.
Não mintas! Usa o paladar E admita Que o amargo Do vinho Não é o fel É bebida divina.
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