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Poesia - Degredadas e tristes composições de liberdades vazias, por Marcos Coelho

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 22 de dez. de 2024
  • 1 min de leitura

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Domingo no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o poeta e escritor de Dourados (MS), Marcos Coelho, com "Degredadas e tristes composições de liberdades vazias"


Degredadas e tristes composições de liberdades vazias.

Marcos Coelho


Coqueluche de um tempo...

Contágio imediato e mui severo,

Pandemia que atormenta,

A morte que não cessa de tentar...

Tentar interromper o fio fugaz da vida...

O vero destino de conseguir um momento...

A despedida pérfida e triste...

As ruas que ficam desertas...

O tempo que não se extingue...

Saber viver, agora, é relativo...

A doença surge triste e infeliz...

O que se ambicionava muda o sentido...

Busca-se viver e não consegue...

A família triste desespera...

Surge um alento ao fim da pesquisa...

O poeta não pensa em poesia...

A palavra corre fugindo do papel...

O instrumento musical se emudece...

A orfandade bem ali se aninha, se avizinha, mora...

Habita a tristeza o coração cansado,

O pior é o coração parado...

O corpo inerte e rijo sobre a mesa...

O sabiá não sabe e gorjeia lá fora...

A coruja observa do alto galho,

A sabedoria espia desconfiada...

O tempo no último grão que escorre na ampulheta...

As moiras tecelãs não cessam o seu tear...

A vida porfia em linha tênue...

As palavras e os versos se confundem entre lágrimas...

O poeta tece entre linhas as tessituras melodias de seus versos...

A máquina na velha casa não cessa o pedalo na arte de coser palavras...

Alinhavos tristes de uma vivencia rota e sem sentido.

Cansada a vida se vai ao corte da tesoura...

Pronto, eis a eternidade, voa alma livre, voa...

 
 
 

4 comentários

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Will Guará
22 de dez. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Eis aqui, um poema repleto de puro questionamento existencial. Amei cada verso dessa poesia astral total, Marquinhos!!!

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julio barao
julio barao
22 de dez. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

A tristeza que o poema nos remete de tempos passados, que foram tão difíceis, nos faz refletir sobre a benção que é termos 'sobrevivido' a tudo isso... E que continuamos sobre este Plano, para amadurecermos, evoluirmos... A cada respirar. Que a lembrança desse passado vá ficando, cada vez mais, para trás. Trazendo-nos a certeza de que dias melhores virão!. 2025 às portas! Que o Amor, a Esperança e a Fé ganhe, cada vez mais, espaço no coração de todos!

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Convidado:
22 de dez. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Parabéns!

Célio Nogueira

Jardim MS

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Convidado:
22 de dez. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.
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