
Sexta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o poeta e escritor de Dourados (MS), Carlos Magno Amarilha, com "Camarada".
CAMARADA
a poesia
não pode
ser vendida
a poesia
não pode
ser comprada
a poesia
não pode
ser trocada
a poesia
não pode
ser roubada
a poesia
não pode
ser dada
nada disso
pode não
já disse em verso
de outro
livro meu
a poesia cabe
em qualquer lugar
a poesia sempre trará
a primavera
Bacana, Mano!
Altair Oliveira
Paraná
A poesia não tem pátria
Que lindo:" a poesia cabe / em qualquer / lugar":
Este verso destaca a natureza onipresente da poesia. Ela não está restrita a livros, palcos ou eventos formais. A poesia pode ser encontrada em qualquer lugar: na natureza, nas ruas, nos encontros cotidianos, nos pensamentos e sentimentos. Ela é inerente à experiência humana. Além disso, este verso sugere que a poesia é acessível a todos. Não é preciso ser um especialista para apreciá-la ou criá-la. Ela está ao alcance de qualquer pessoa que esteja disposta a abrir seus olhos e ouvidos para a beleza e a profundidade da vida.
O último verso é genial “a poesia sempre trará / a primavera".
Este verso final é uma metáfora poderosa que simboliza…
O poema "Camarada" de Carlos Amarilha, com sua estrutura de oito estrofes, versos brancos e livres, apresenta uma reflexão profunda sobre a natureza da poesia e sua relação com o mundo. O autor explora a ideia de que a poesia é um bem intangível, que não pode ser comercializado, adquirido, trocado ou roubado. Essa característica a distingue de outros bens e valores da sociedade, que muitas vezes são corrompidos pela ganância e pela falta de ética.
Amarilha contrapõe a pureza da poesia à corrupção que permeia a vida cotidiana. Ele critica a hipocrisia de pessoas que frequentam igrejas, mas cometem pecados, ou que agem de má-fé em seus trabalhos. Essa crítica social evidencia a importância da poesia como um espaço…
O poema "Camarada" de Carlos Amarilha é um tapa na cara da sociedade, saca? Ele pega a poesia, essa coisa tão pura, e mostra como ela é diferente do resto do mundo. Tipo, você não pode comprar, vender, trocar, nem roubar poesia. Ela é livre, leve e solta, e o poeta, o cara que escreve, não se vende por nada.
Enquanto isso, a vida real é uma bagunça, né? Gente que vai na igreja, mas peca, gente que faz sacanagem no trabalho, e por aí vai. O poeta, não. Ele continua ali, cantando o amor, a paixão, os sentimentos humanos, sem se importar com o que os outros pensam.
O poema é simples, com versos livres e sem rima, mas…