Sexta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o poeta e escritor de Dourados (MS), Carlos Magno Amarilha, com Azuis do Mar
AZUIS DO MAR
na antevéspera da primavera
poema festa na cidade triste.
afligir com poesia anarquista
distanciar-se do presente para parar
no mato amargo doce no Congo
o desejo desejado de quimera
irresolução e ambivalência perplexa
espontaneísmo criador marcha o poeta
da energia ancestral liberadora liberada
ininterruptamente é espaço de resistência
perdida no tempo ressuscitando na temporada
A consciência da recusa não deve ser buscada
ideológica e abstratamente na quadra
de forma concreta e material...
inter-relacionamento no meio a meio
uma receita conceitual anárquica
a ideia do acaso como motor da evolução
De Re Pe nTe !
a cidade cresce com o mercado
com quedas de produção
em momentos de superprodução.
criam espaços do sonho, da embriaguez do nada...
Que dá de monte na terra vermelha
e busca a utopia entre
o rio Paraguai/ na curva do Paraná.
Na alameda tropical de brejo e pantanal
num sonho de autogestão e amor alforriado
entre beijos e juventude balizado com rock e samba
bem estilo polca Paraguai e chamamé
e nubla as claras manhãs da teoria.
Ser interdisciplinar foge do coletivo
sucedâneo do arbítrio divino
alheamento no urbano
para tentar ser único.
caminho da perfectibilidade.
uma visão pluralista, onde não temos
a História e sim as histórias
com suas peculiaridades nacionais, culturais, étnicas.
da emoção, da fantasia e complexidade psicológica.
Poemático não apenas estético, mas também social.
imagética de vertigem a 360º
Uma função pedagógica de formação humanista humanitária
que reivindica para a arte uma função revolucionária
contra a racionalidade contábil da burguesia.
E a prática cultural libertária.
A impossibilidade da experiência compartilhada,
a desumanização determinada pelo maquinismo
abre as portas para a violência da violência
atemorizado pelas proporções não-humanas
da demonstração urbana de riqueza e poder
velocidade urbana que não permite o permanente
e questiona o olhar que se fixa num só ponto.
o poeta contrapõe o imprevisto
a literatura URBANA foge as noites do meio-dia.
signos do poema prometéico.
Faz silenciar as horas proibidas.
(in: 360graus, p. 28)
Muito bem Grande Carlos Magno !
Marcos Coelho
Poeta e Escritor
Academia Douradense de Letras ADL
O azul do céu anil brilhou em Mato Grosso do Sul com o Rio Paraguai e o Rio Paraná em levar ao Atlântico riquezas dos suados moradores sem sombra.
João Estigarribia
Campo Grande
Que viagem
Genial
Muito boa poesia!