Sexta-feira, no espaço de poesia do Blog do Alex Fraga, as palavras sensíveis pela poeta e escritora Sylvia Cesco, com "Autoexplicação versejada".
Autoexplicação versejada
Sylvia Cesco
Meu nome não é mulher
e nem tão pouco sou gente:
sou bichoamor , sou semente
parida em brancos luares...
Não sinto frio: arrepio
é o que consome minha alma
que pode ser de quentura
da sua mão que me acalma...
Enrodilhada nas teias
vou tecendo minha vida
de artesã e fiandeira,
pelos anjos possuída
mas somente aos anjos bons
é que abro minhas portas,
escancarando as comportas
de insondáveis cachoeiras
cantadas em vários tons..
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