Poesia - Asterismos, por Ilsyane Kmitta
- Alex Fraga
- há 5 horas
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Segunda-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com a professora universitária, poeta e escritora de Dourados (MS), Ilsyane Kmitta, com "Asterismos"/
Asterismos
Uma estrela cadente anuncia
A janela da educação aberta em revelia
Languescidos pontos no escuro pelo céu luzindo
São retas em curva imaginária
Lição cósmica inventada com galhardia
Não é mera ilusão, é uma constelação
Que se constitui frágil e bela... libertária
Nuances tecidos, em mosaicos de saberes
Bricolando diversidades
Emaranhando estrelas em seus prazeres
Bailando solto em uníssono
Entre poeiras e nebulosas
Na constituição de afetividades
No tecer de conceitos e fases
No alicerce da esperança
A Sapiência urge sagaz
Moldando sonhos de criança
No mundo feito brinquedo
Feito bússola ou leme
Estrelas brilham em diferentes idades
Tocando o chão, em pisca-pisca a cintilar
No acender e no apagar
Tecendo uma intrincada rede de saber
Na bricolagem, no entretecer
Em doses ferventes de sinergia
Em aguadeiros próximos ou distantes
Consolidando invenções
Irradiando luz em buraco negro
Imbricando sonho e poesia
Na peleja das metáforas
Metamorfose inquieta de cada dia
Saber de rizomas em solo basilar
Tantas são as facetas de sementes a germinar
Fecundas por natureza indissociável fascinação
São pontes na História
Sem glamour ou brilhantina
Projetando sonhos em lamparinas
Na resistência, no penar
Sem moldes ou molduras
Ao dissabor e agruras
Sem arquétipos a copiar
Uma estrela solitária resiste
Se move pela liberdade do pensar
Pela luta, pelo presente
Em sábio e lento caminhar
Na brevidade de passos e quimeras
Ode aos miseráveis da Terra
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