Poesia - A luz de vela, por Carlos Magno Amarilha
- Alex Fraga

- há 17 horas
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Sexta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o poeta e escritor de Campo Grande (MS), Carlos Magno Amarilha, com "A luz de vela"
A LUZ DE VELA
Vou sair correndo de ema
com força de elefante
coberto de casca de tartaruga
olhar de águia
enfeitado de pavão
apreciar uma bela música de pássaros
cobertos de tom
reunir tudo que é bicho de uma só vez
e, finalmente, poder dizer
Pode vim jantar, amor,
que o rango está pronto!
(In: Asas Urbanas, p. 25)





Namoro Iluminado
Esse poema do Carlos Amarilha é uma delícia de ler porque ele brinca com a nossa expectativa. A gente começa lendo e parece que ele está descrevendo um super-herói da natureza ou uma jornada épica, meio mística, meio ecológica, concreto.
A "Mistura" Brasileira
Ele vai empilhando características de bichos bem diferentes:
- A velocidade da ema.
- A força do elefante.
- A proteção da tartaruga.
- A visão da águia.
- A beleza do pavão.
A Reviravolta (o "Pulo do Gato"). O mais legal é o final. Depois de toda essa preparação grandiosa, descobrimos que toda essa "energia animal" era apenas para... cozinhar! O eu lírico se transforma em uma força da natureza só para preparar um jantar especial…
É um poema que mostra que o amor está no esforço do dia a dia, mas dito de um jeito super leve e criativo.
Rita de Cássia
Dourados-MS