Fico refletindo sempre e me perguntando: Como algumas pessoas que “trabalham” com a Cultura nos órgãos públicos no Mato Grosso do Sul têm uma habilidade impressionante para demonstrar desrespeito, descaso e ignorância? Parece que nos últimos anos isso está virando algo normal na cabeça destes “pensantes”. Com certeza não é problema da pandemia, já que os erros e absurdos há tempos vem acontecendo. O que dá para transparecer é que existe um “isolamento de pensamento cultural”. Na semana passada, através de uma live interessante onde se discutia os caminhos da cultura campo-grandense, se cogitou em mudar o nome do Teatro José Octávio Guizzo (conhecido popularmente como Paço Municipal, o que é mania de se falar por essas bandas) para Maria da Glória Sá Rosa (professora Glorinha como era carinhosamente conhecida). Particularmente acredito que a ideia foi um momento insano que ocorre com grande parte das pessoas. Só pode ser. No entanto são absurdos como estes que fazem com que a Cultura sempre fique em último plano. Acredito que esse tema não deve entrar em pauta de discussão dos vereadores. Se for, será um dos mais criminosos erros a ser “julgado”. O grande problema é que muitos fazem questão de querer enterrar a história para agradar outros. A professora Glorinha merece todos os elogios possíveis e com certeza ela própria seria a primeira a ser contrária essa ideia. As pessoas deveriam saber mais sobre quem foi José Octávio Guizzo para começar a querer discutir Cultura. Quer homenagear a professora Maria da Glória Sá Rosa, o faça sim e deve ser feito pelo fato de sua contribuição para o Cultura no Mato Grosso do Sul. Existe aquele “elefante branco” no bairro Cabreúva que se cogitou ser um espaço de cultura (seria a rodoviária). Retomem as obras e deem o nome da professora. Nada de “Centro de Belas Artes” fulana de tal. Sejam direto: Centro Cultural Maria da Glória Sá Rosa e ponto final. O Anfiteatro José Octávio Guizzo está fechado há 30 anos e quando resolvem-se reformular o local (mais uma vez), uma pessoa infeliz levanta essa “lebre” para trocar de nome... O fato é que sabemos que um povo que não se preocupa em preservar sua memória, perde-se na história e se aniquila a curto prazo, na sua Cultura. Por sua vez, como já foi dito “um povo que preserva sua história, sua memória e seus habitantes está possibilitando diretamente a construção de um futuro para com sua gente e sua cultura. E por mais que estejamos em outro tempo (com a tecnologia de ponta, as novas mídias, a internet, era digital, etc.), um povo se torna “rico” mantendo seus traços e requintes culturais dos seus antepassados, fazendo um encontro do velho com o novo, do erudito com o popular, do local/ regional com o nacional, da literatura com os causos regionalistas, do simples com o complexo”. Sou a favor de renovações, mas "invenção cultural" para agradar, bajular... não dá para aguentar! Respeitem as memórias de José Octávio Guizzo e de Maria da Glória Sá Rosa. Ponto Final!
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