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Opinião - Sectur X Artesãos: "Devo, não nego e pago quando puder ?"

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 25 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

A expressão popular que descreve a situação financeira de muitos consumidores brasileiros diante dos bancos, financeiras, prestadoras de serviços e comércio em geral: "devo, não nego e quando puder" até poderia ser usada quem sabe pela Sectur - Secretaria de Cultura e Turismo, de Campo Grande - Mato Grosso do Sul. Contudo nem o "pago quando puder" foi dito aos 100 artesãos do município que desde março foram aprovados no edital lançado do Prêmio Ipê, para receberem uma quantia quase que irrisória (R$ 1.600,00), e expor ou vender seus produtos, mas que ajudaria muito a cada um dos aprovados, não foi pago e seguer satisfação foi dada. Convenhamos... falta de dinheiro? Acredito que não, pois contratam shows de artistas nacionais por valores exorbitantantes e pagam corretamente. Já estão anunciando até mesmo programação da "Cidade do Natal" (portanto dinheiro tem). Mas por que o artista da terra tem sempre que ficar cobrando e até implorando para que pague algo que o próprio órgão cultural o convocou após aprovação e entregas de documentação exigida? É extremamente desagradável esse tipo de atitude em cima aqueles que sempre estão lutando pela arte na cidade. Esse "quase calote" pelo que se sabe, não é apenas com os artesãos, mas promessas não cumpridas com músicos de Campo Grande também estão em pauta há quase um ano. É óbvio que alguns artistas privilegiados, conhecidos como "amigos dos que trabalham" na Sectur recebem seus "pró-labores" facilmente e rapidamente. No entanto, a classe dos artesãos sempre está em terceiro ou quarto plano na visão cultural dessas pessoas que insistem em pensar que cultura é o simples fato de trazer um grande nome da música brasileira e levar um grande público. Se não sabem o que significa a palavra CULTURA, é só procurar ler um pouco nos dicionários da vida. Todos sabem (aqueles que se interessam), que essa palavra em sua amplitude é compreendida como os comportamentos, tradições e conhecimentos de um determinado grupo social, incluindo a língua, as comidas típicas, religiões, música local, artes visuais, vestimenta, dança, ARTESANATO, literatura, entre inúmeros outros aspectos. Para as ciências sociais (entre elas a sociologia e antropologia) é uma rede de compartilhamento de símbolos, significados e valores de um grupo ou sociedade. São formados artificialmente pelo homem, ou seja, de uma maneira não natural. E o que parece, esse caminho "não natural" foi pensado de uma outra maneira pela Sectur, e é sem dúvida algo desastroso. Sempre digo que a CULTURA é a sobrevida de um povo. O artista depende dela para sobreviver. Necessário cumprir com a PALAVRA, como o artista cumpre com as exigências em vários ítens dos editais (que aliás são feitos em muitas vezes para dificultar). Os artesãos cumpriram com todos os ítens do edital e por que o órgão não cumpre? Chato isso, para não escrever outra coisa e ser alvo de processo. Cumpra-se!!! PS: Antes de esrever esse texto procurei a Sectur - silêncio total...





 
 
 

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