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Opinião – Na fila dos esquecidos? Dois anos sem o som da sanfona de Dino Rocha!

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 17 de fev. de 2021
  • 2 min de leitura

Deixei para publicar esse texto no fim de tarde justamente para saber se alguém iria lembrar que exatamente hoje, 18 de Fevereiro, faz dois anos que um dos mais importantes músicos do Mato Grosso do Sul nos deixou: Dino Rocha. Ele ficou internado por 27 dias no Hospital Regional de Campo Grande (MS), por complicações do diabetes, o sanfoneiro autodidata morreu aos 68 anos. E não é surpresa do esquecimento, já que virou algo comum na cultura sul-mato-grossense. Além da não valorização, pouco se faz para lembrar de grandes nomes de várias áreas da nossa cada vez mais enfraquecida arte. Para quem não sabe ainda quem foi esse grande talento da nossa música, ele era filho de músicos, sua mãe era alemã e o pai, paraguaio. Nasceu no dia 23 de maio de 1951 em Juti (MS).Profissionalizou-se como sanfoneiro aos oito anos de idade. Em 1971, mudou-se para a cidade de Campo Grande, na época Mato Grosso. Aos dezesseis anos de idade apresentou-se com seu primeiro grupo, "Los 5 Nativos", da cidade de Ponta Porã. Em 1973, gravou pela primeira vez no LP "Voltei amor", da dupla Amambai e Amambaí. Ao longo da carreira gravou quinze LPs e cinco CDs, entre eles “Gaivota Pantaneira”, “Rancho do Chamamé”, “Pantanal, Sanfona e Viola” e “Che Ranco” (Meu rancho velho). Como compositor fez mais de 50 composições, entre as quais, "Gaivota pantaneira", parceria com o poeta e compositor Zacarias Mourão. No ano 2000 ele convidad participou do projeto “Balaio Brasil”, no Sesc de São Paulo apresentando-se ao lado de Dominguinhos, Caçulinha, Sivuca, Hermeto Pascoal e Toninho Ferragut. Também esteve projeto “Sanfona brasileira” pelo Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro, em São Paulo e Brasília. Apresentou-se no Sesc São Paulo em 2002 no projeto “Brasil da Sanfona”, quando representou a região Centro-Oeste. Esteve também no grupo Chalana de Prata, formado por Guilherme Rondon, Paulo Simões e Celito Espindola. Uma das suas últimas apresentações foi na Morada dos Baís, já bem debilitado tocou apenas três canções e deixando o resto do show ao comando da sanfona de seu filho. Apesar de deixar grande obra cultural, infelizmente Dino Rocha é mais um dos grandes artistas que são esquecidos gradativamente por aqueles que “comandam” nossa Cultura. Necessário sim fazerem sempre uma breve homenagem e lembrar sempre dessas maravilhosas pessoas que nos alegraram com sua arte.


 
 
 

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