Enquanto em praticamente todas as capitais do país há diversos projetos de reabilitação da incidência cultural, Campo Grande (MS) mais uma vez dá “exemplo” de como é possível destruir gradativamente ambientes artísticos, principalmente aqueles que levam Cultura gratuita para o povo. O anúncio do fechamento do Centro Cultural Morada dos Baís pelo Sesc é mais uma maneira de travar todo um processo de revitalização sociocultural de uma cidade, deixando assim aqueles que gostam de arte, sem qualquer perspectivas. É mais um retrocesso cultural. Um dos propósitos do Sesc é de democratizar o acesso dos cidadãos ao cinema, teatro, música, concertos, museus e bibliotecas. Promover Cultura. Pois bem, alegando crise no setor devido a pandemia, após seis anos vai fechar o único espaço cultural interessante para a população. Entrega assim o prédio para a prefeitura municipal. Mas, e agora o que vai ser daquele local? Mais um ponto artístico ocioso? E os artistas vão ficar calados outra vez? Estão esperando o que? Uma bela estrutura formada vai ficar “a ver navios”? O mais interessante nisso tudo é que algumas cidades do interior do Mato Grosso do Sul estão contrariando esse processo de apenas querer “lucrar com a Cultura”: ou seja, se não dá lucro, se fecha. Em Ponta Porã (MS), cidade da fronteira com o Paraguai a prefeitura está ampliando o Centro Cultural em mais de mil metros quadrados. Dará mais acesso a Cultura para a população. Um verdadeiro exemplo. Mas, ainda acreditamos que a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande que vem realizando um trabalho bom, na medida do possível no setor cultural, não deixará morrer esse local que virou a "cara" da Cultura da cidade. O que me irrita é quando locais interessantes culturalmente são fechados, a maioria dos artistas silencia,,, Poucos têm coragem de se manifestar... Medo de possível retaliação? Ninguém pode ter medo, principalmente o artista e isso está ocorrendo. Triste... Aguardamos!
Alex Fraga
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