Vamos lá. É verdade que a Lei (auxílio) Aldir Blanc chegou para “ajudar a classe artística” em tempo de pandemia. Muito louvável e sensível. Em Mato Grosso do Sul mais de 800 foram beneficiados com seus projetos através dos editais lançados. Acredito que há muito tempo não me deparava com tantos projetos, pois com o montante disponibilizado, até mesmo aqueles artistas que praticamente não dependem desse recurso, retornaram a fazer algo para ganhar um dinheiro extra. Não condeno. O que por outro lado, tenho notado é que há muito trabalho de péssima qualidade e que jamais deveria receber um real. É aquilo, não é porque existe um dinheiro disponível que vou lá, faço um “videozinho” ou uma “livezinha” e assim recebo um cachê. Nesta pandemia o governo está sendo uma verdadeira mãe para vários desses artistas que como disse, muitos estavam “estagnados”. A possibilidade que fazer um vídeo “caseiro” e receber até 16 mil, claro que enche os olhos de muita gente. Como acredito que alguns projetos não valem nenhum cachê, por sua vez outros merecem até um montante maior do estipulado, pela qualidade na produção. A todo instante abrimos a internet e lá vem um vídeo “artístico” com a assinatura da Lei Aldir Blanc. A diferença de projeto com produção é extremamente gritante – e o pior - vários receberam o mesmo cachê. Não há parâmetro do que é bom ou ruim. Tudo vai no mesmo pacote. Triste isso porque há ainda artistas que continuam passando necessidade e tem trabalhos incríveis no Mato Grosso do Sul. Há outros que não necessitam e foram contemplados. Que critério é esse ? Tá mais do que na hora de rever essas “escolhas”. Por fim, há artistas que estão ganhando até mais do que estivessem trabalhando ou tentando produzir. Outros que formam bandas, duplas, grupos de teatro ou dança, ganhando separadamente e em conjunto. Portanto, nesse ponto não se pode criticar essa verba e nem o governo. Em tempo: o governo estadual sensibilizado ajudará ainda mais com novo auxílio. Esperamos por sua vez que esses mesmos contemplados não sejam beneficiados para abocanhar mais ainda - deixem realmente para quem precisa!

Com todo respeito, parece que você não entendeu absolutamente nada. Talvez estejamos olhando as coisas por prismas diferentes. Convido o nobre jornalista a participar dos diversos colegiados e foruns dos artistas... talvez você visse o que estou vendo, que vai muito além de lives falidas... há trabalhos atravessando fronteiras, poderia fazer uma lista enorme, não só de trabalhos da capital e outras experiências, ainda que pequenas, bem profundas. Todos sorte do mundo no seus trabalho e se posso dar-lhe um conselho, neste ramo, nem sempre quem está do nosso lado está do nosso lado.
Respeito a opinião do nobre jornalista. Mas no momento, em que nos encontramos fragilizados, por uma serie de questões, tenho uma opinião diferente, de um ponto de vista mais próximo dos artistas, já que sou um deles. Sua opinião tem uma triste razão ou algo que parece razão, mas é prejudicial por embasar o senso comum. Essas "opiniões" podem levar algumas pessoas ou grupos políticos, mal intencionados, a fazerem julgamentos precoces, vagos, enfraquecendo ainda mais a classe artística, já tão desfavorecida e perseguida pelo governo federal. Não dá pra ser muito simplista nestas complexas questões. A Lei Aldir Blanc foi uma conquista dos trabalhadores das artes, conquista essa que, contou com o esforço de duas deputadas federais, Jandira Feghali e…