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Opinião – FMIC: tem que ser “parça” para ter projeto aprovado?

Foto do escritor: Alex FragaAlex Fraga

Parafraseando Edith Wharton, acredito que há muitas pessoas que trabalham em órgãos culturais que seguem a cultura em bandos, como se fosse perigoso encontrá-la sozinha. Escrevo isso para saber realmente qual é o conceito ou mesmo o trabalho de “escolha” para aprovação para o (FMIC) Fundo Municipal de Investimento Cultural) em Campo Grande ? É que no ano passado foram abertas as inscrições para entrar no “bolo” na ordem de R$ 3,2 milhões para que artistas, professores e outros profissionais concorressem projetos que beneficiem a comunidade em várias áreas. Após sair a lista final, nem tudo foi coerente. Ou seja, grande parte. Qual a razão de ser aprovado um projeto de moda que não atinge diretamente a população e sim alguns interessados amigos? Por outro lado, por que é negado um que visa a inclusão de crianças com deficiências, autistas, onde teriam aulas de piano, saxofone, introdução a música, aulas de discotecagem com vinil e outas novidades que com certeza agradaria diversas famílias (projeto de Renato Tulux). Não dá para entender essas “escolhas” pelos ditos técnicos culturais. O que vejo é que aprovam alguns poucos que são realmente interessantes, no entanto outros bons são negados justamente para “colocar” aqueles dos considerados “parças”. Na realidade é isso que acontece. Isso é algo muito prejudicial para a cultura em geral do município e principalmente para a comunidade que tem fome de arte, cultura e educação. Esse projeto que beneficia crianças com deficiência e autistas está há mais de quatro anos na fila e não é aprovado. E olha que os custos não são altos: apenas R$ 30 mil diante de outros que foram “presenteados” em R$ 100 a 200 mil reais e que não beneficia um todo, apenas alguns os amigos. É triste saber dessas escolhas absurdas como a revitalização de igreja, pessoa com dois a três projetos aprovados de uma vez e principalmente os dos amigos daqueles que trabalham dentro dos tais órgãos culturais. Pergunto, é difícil ser íntegro, honesto e principalmente coerente? É justo servidor público concorrer com projeto? Temos que parar com essa política da amizade e do jeitinho “brasileiro” de ser. O entra e sai de comando dos órgãos praticamente não muda em absolutamente nada. Ë uma verdadeira guerra de egos. O dramaturgo Nelson Rodrigues bem que definiu esse tipo de jogo de empurrar para amigos ”complexo de vira-lata. Se você tem amigos recebe carinho. Se você já se beneficiou anteriormente e agora não, late aos cantos. Façamos as coisas corretas e acredito que tudo começará a dar certo, caso contrário o caminho sempre será aberto para a destruição. Como digo sempre: cultura é a sobrevida de um povo!

 
 
 

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