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Opinião - Falta de leitura no edital elimina 67% dos músicos de MS na Lei Aldir Blanc!

Foto do escritor: Alex FragaAlex Fraga

Uma leitura atenta e completa de um edital é imprescindível para o correto entendimento das normas e dos critérios que são utilizados para uma escolha. Mas isso não ocorre na cabeça da maioria dos artistas em Mato Grosso do Sul que sempre participa de editais do governo e dos municípios. Assim, após o resultado e a lista dos aprovados, normalmente a reclamação é geral e principalmente acusações de manipulação por parte daqueles que não foram aprovados. Participando como avaliador (fui convidado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) para participar da banca com outros dois colaboradores da entidade, para a escolha dos artistas e bandas que serão beneficiados com R$ 6 mil (seis mil reais) pela Lei Aldir Blanc Emergencial Cultural, pude ver e sentir "in loco", o desleixo e amadorismo de muitos desses artistas. Ao todo foram 309 inscrições para apenas 35 vagas. Com o processo inicial de eliminação por documentos obrigatórios, sobraram apenas 102, ou seja, 207 enviaram erroneamente seus documentos e foram desclassificados. Nada menos do que 67%. Erros absurdos, como por exemplo: no edital é pedido um vídeo de 4 a até 6 minutos. Muitos enviaram com menos de 4 ou até mais de 6 minutos. Outros casos de eliminação foram: o edital diz para enviar a conta bancária com os 5 (cinco) dígitos: muitos enviaram com 4 (quatro), ou seja, automaticamente eliminados. No entanto, o mais absurdo é sobre a parte que o edital pede o portfólio do artista ou banda. Artistas conhecidos foram desclassificados por esse item. Seria desleixo ? Amadorismo? Ou a pessoa ou banda acha que por ser conhecido (a) pode colocar qualquer coisa? Inadmissível!!!. Para quem ainda não sabe, portfólio é um nome que se dá a um conjunto de tarefas realizadas durante um período de tempo. Ou seja, dados com datas e publicações em jornais, sites, TVs, até mesmo em instagram ou fotos datadas em eventos realizados. Tem que comprovar! Portfolio não é currículo ! Há artistas que se inscreveram que são fantásticos no que se refere a qualidade técnica, relevância cultural e história. No entanto foram desclassificados por não enviarem os documentos corretos de acordo com o edital. Em um determinado momento, às vezes dava uma "dó" e outros momentos "raiva" por justamente não seguirem o que o edital pede. Cacete, é tão difícil assim ? A lista dos 35 beneficiados será divulgada pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul em breve em Diário Oficial e posteriormente para toda imprensa. Acredito que foi correta! As minhas notas e dos outros dois somaram três critérios: (1) qualidade, relevância artística e cultural da proposta; (2) qualidade técnica e (3) portfolio do proponente. Assim, na somatória geral a avalição ficou em até 30 pontos (apenas dois conseguiram a façanha). Aliás, quem não concordar, pode sim e deve procurar na FCMS e saber dos motivos da eliminação. Está tudo escrito na ficha de inscrição. Necessário ter transparência. Um detalhe: essa lista é eclética e tem todos os gêneros musicais. Atende artistas de várias cidades do Mato Grosso do Sul, não concentrando apenas em Campo Grande como já ocorreu em certos processos. Pelo menos nesta, em que pude analisar e participar da escolha, ocorreu lisura! E pela minha história como jornalista, não admitiria nada que fosse "estranho". Muita gente que conseguiu o benefício com certeza irá se surpreender. Agora é aguardar!


 
 
 

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