Presidente da Câmara Municipal de Dourados, vereador Laudir Munaretto e próprio prefeito Alan Guedes. (Fotos: Aparecido Frota)
A Câmara Municipal de Dourados (MS) deu um grande passo e exemplo de como se pode realizar eventos culturais dentro de sua "Casa de Leis" com objetivo claro de promover a Cultura que é tão esquecida neste país. Apoiar e ceder esse espaço é sem dúvida, algo que nos deixa esperançosos nestes tempos sombrios. A presença do presidente, vereador Laudir Munaretto e do próprio prefeito Alan Guedes e de outros políticos ontem na abertura da I Feira da Literatura de Mato Grosso do Sul é um bom sinal que a "LITERATURA" e a arte em geral podem sim e devem ser úteis na política. A Cultura tem que ser popular e não elitista. Ela deve ocupar todos os espaços possíveis, nas comunidades e bairros, principalmente em locais que normalmente chegam a ser sombrio - devido discussões, reclamações e até os chamados "conchavos". Essa mudança é extremamente agradável. Já dizia Cassandra Clare: "Somente os muitos fracos se recusam a ser influenciados pela literatura e pela poesia". É importante que os políticos tenham essa visão ampla com as artes. A Cultura tem muitos aspectos tangíveis como intangíveis. Mas, o importante é que existam diversos locais para discussões. Que a população tenha acesso diretamente a todo tipo de arte. O apoio, principalmente no que se refere à LITERATURA, tem que começar pela base - ou seja, nas escolas. O aprendizado literário regional por exemplo, é de extrema importância para que as crianças possam conhecer nossas raízes e posteriormente descobrirem outros grandes autores nacionais e internacionais. Casa de Leis como Câmara, Assembleia, Governadoria devem ceder seus espaços para se discutir arte. Vendo a Câmara Municipal de Dourados agir assim, acredito que ela está abrindo portas para uma política com potencial criativo, participativo e de questionamentos democráticos. O grande Luiz Fernando Veríssimo sempre foi claro em mostrar para todos que a única pessoa livre, é justamente aquela que não tem medo do ridículo. Ninguém deve sentir medo da Cultura, pelo contrário, a população tem sede e carência de arte. Sempre digo que a Cultura é a sobrevida de um povo. Temos que ler, viver culturalmente o máximo possível para morrermos com a consciência em paz! Viva o Grupo Literário Arandu! Viva a Literatura. Viva a Arte!
Fotos: Aparecido Frota
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