O livro “Leque Aberto”, crônicas poéticas da poeta e escritora sul-mato-grossense, Raquel Naveira foi indicado como livro do mês pelo Clube de Leitura da Academia Paulista de Letras. No próximo dia 25 (quinta-feira) haverá uma conversa sobre o livro acontecerá, às 19h de São Paulo, 18 horas de Mato Grosso do Sul, com a presença da autora. Para quem desejar assistir, é só solicitar o link no facebook, em privado. O evento será por sala Zoom.
A professora Rita Pacheco Limberti faz uma sinopse e escreve: “Encontrei entre os guardados de minha mãe, um leque. Um leque vermelho como uma aurora boreal. A renda toda revestida de lantejoulas rubras. Abri as hastes brancas de madrepérola e ele fez um estranho som.” Assim começa a crônica-título desta coletânea (Leque aberto); assim a autora nos convida a um excitante jogo de sedução: eis que somos acariciados pela brisa poética das crônicas intimistas desta rica antologia de Raquel Naveira.
Diante da “Penteadeira”, ela “observa o espelho luminoso com o terror que inspira autoconhecimento”, porque lá está sua própria origem (a imagem de sua mãe), porque lá está a sua imagem (a que seria hoje a imagem de sua mãe). Reminiscências, lembranças, objetos semióticos – como um espelho, um leque – vão constituindo um inventário simbólico latejante, repleto de fatos reais envoltos na bruma difusa de uma memória afetiva e poética. A própria penteadeira, mensageira fiel dos detalhes do passado, autoriza-se a retribuir, na face da autora, a recuperação de suas formas: “Restaurou a antiga penteadeira. Dentro do espelho, um espírito em forma de máscara, rodeado por fumaça e fogo, continua falando a verdade”.
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